Álbum surpresa de Gisela João sai sexta-feira e a fadista apresenta-o no Ípsilon

Mantido em segredo até à sua edição esta sexta-feira, Nua não desmerece a reputação de Gisela João, que já foi elevada à mais extraordinária e autêntica voz surgida depois de Amália.

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Estelle Valente

Nua – assim se chama um dos álbuns mais aguardados da música portuguesa dos últimos anos. Depois de um primeiro disco auspicioso que lhe valeu todos os elogios possíveis, tendo sido aclamada como a melhor estreia de uma fadista em décadas, e em que Gisela João era elevada à mais extraordinária e autêntica voz surgida depois de Amália, a cantora quase se deixou dominar pelo pânico das expectativas geradas em torno do seu regresso. “Isso começou a mexer comigo, começou a tirar-me a vontade de comer e a deixar-me realmente nervosa. O primeiro disco saiu, correu lindamente e, de repente, tinha de gravar outra vez com aquela sombra que era a minha própria sombra”, disse ao Ípsilon na primeira grande entrevista sobre Nua, que será publicada na edição de sexta-feira do suplemento.

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Nua – assim se chama um dos álbuns mais aguardados da música portuguesa dos últimos anos. Depois de um primeiro disco auspicioso que lhe valeu todos os elogios possíveis, tendo sido aclamada como a melhor estreia de uma fadista em décadas, e em que Gisela João era elevada à mais extraordinária e autêntica voz surgida depois de Amália, a cantora quase se deixou dominar pelo pânico das expectativas geradas em torno do seu regresso. “Isso começou a mexer comigo, começou a tirar-me a vontade de comer e a deixar-me realmente nervosa. O primeiro disco saiu, correu lindamente e, de repente, tinha de gravar outra vez com aquela sombra que era a minha própria sombra”, disse ao Ípsilon na primeira grande entrevista sobre Nua, que será publicada na edição de sexta-feira do suplemento.

Mantido em segredo até à sua edição esta sexta-feira, Nua não desmerece a reputação que Gisela João foi construindo em palco e em estúdio desde que se apresentou, em 2013, com um álbum homónimo. A matriz é a mesma: a voz e os instrumentos típicos do acompanhamento do fado (guitarra portuguesa, viola de fado e baixo), com a produção novamente entregue a Frederico Pereira. “As pessoas talvez estivessem à espera que eu aparecesse a fazer o pino”, admite. Mas Nua recusa essa solução e apresenta-se como um fado que se basta a si próprio. Pela voz de Gisela João passam temas dos reportórios de Amália Rodrigues ou Beatriz da Conceição, assim como composições do sambista Cartola ou Llorona, canção tradicional mexicana popularizada por Chavela Vargas. Capicua volta também a marca presença com uma nova letra para um fado tradicional.