Como é que Donald Trump venceu

Republicano ganhou os principais swing states e Clinton ficou aquém do que as sondagens lhe davam.

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Reuters

É impossível não traçar um paralelismo entre o que se passou em Junho, na noite do "Brexit", e a evolução dos acontecimentos nestas eleições americanas. A noite começou com resultados normais, mercados calmos, mas a dado ponto assistiu-se a uma inversão da tendência (neste caso a favor de Trump), com as bolsas asiáticas a darem imediato sinal de queda.

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É impossível não traçar um paralelismo entre o que se passou em Junho, na noite do "Brexit", e a evolução dos acontecimentos nestas eleições americanas. A noite começou com resultados normais, mercados calmos, mas a dado ponto assistiu-se a uma inversão da tendência (neste caso a favor de Trump), com as bolsas asiáticas a darem imediato sinal de queda.

A perspectiva de vitória de Donald Trump na Florida e no Ohio foram os primeiros sinais de que o esperado passeio de Hillary Clinton rumo à Casa Branca poderia não acontecer.

Olhando para os chamados estados decisivos, onde a escolha dos eleitores poderia cair para qualquer dos lados, correu quase tudo bem a Donald Trump e quase tudo mal a Hillary Clinton.

Além da Florida (49,1%) e do Ohio (52,1%), Trump venceu na Carolina do Norte (50,6%), no Iowa (51,8%) e ainda a Pensilvânia (48,9%) e no Wisconsin (48,7%).

Segundo a análise do New York Times, Trump foi avassalador a recolher o voto dos brancos com menos formação, ganhou largamente entre os homens e não perdeu muito entre as mulheres. Já Hillary Clinton ganhou entre os afro-americanos, os hispânicos e americanos-asiáticos, mas o nível de apoio foi inferior ao que Obama teve há quatro anos.