Otávio prendeu Pizzi
O FC Porto entrou com intensidade em 4x1x3x2, tendo eficácia na recuperação de bola a meio campo, com Corona para o lugar habitual de Herrera na meia direita, passando Óliver para o lado esquerdo em trocas posicionais com Jota. Otávio procurou desequilibrar claramente no corredor central e apoiar de forma próxima André Silva e Jota. O FC Porto explorou de forma capaz as costas da defesa "encarnada", muito recuada, algo permeável no espaço lateral/central. No corredor direito, a "comunidade" Maxi/Corona combinou bem, procurando movimentações mais verticais. No flanco esquerdo, as incursões de Alex Telles tinham o apoio de Jota e Óliver, que formavam um triângulo de apoios próximos ameaçador.
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O FC Porto entrou com intensidade em 4x1x3x2, tendo eficácia na recuperação de bola a meio campo, com Corona para o lugar habitual de Herrera na meia direita, passando Óliver para o lado esquerdo em trocas posicionais com Jota. Otávio procurou desequilibrar claramente no corredor central e apoiar de forma próxima André Silva e Jota. O FC Porto explorou de forma capaz as costas da defesa "encarnada", muito recuada, algo permeável no espaço lateral/central. No corredor direito, a "comunidade" Maxi/Corona combinou bem, procurando movimentações mais verticais. No flanco esquerdo, as incursões de Alex Telles tinham o apoio de Jota e Óliver, que formavam um triângulo de apoios próximos ameaçador.
O Benfica entrou estruturando-se num 4x4x2 cauteloso, jogando com a vantagem pontual prévia, bloco muito baixo, juntando mesmo a linha média aos defesas, formando, em alguns momentos, um "casulo de 30 metros". A preponderância táctica e técnica de Pizzi não se manifestou, visto estar sempre condicionado pelo posicionamento de Otávio. O português, sempre muito próximo de Samaris, num duplo pivot mais preocupado em destruir a criatividade do oponente, nunca se conseguiu soltar para o jogo em condução ou servir os elementos à sua frente, criando um autêntico "nenúfar táctico", isolado e incomunicável. As arrancadas explosivas com finta de Cervi e os pontapés longuíssimos de Ederson foram a única forma de incomodar a defesa dos visitados.
O início da segunda parte marcou uma toada ainda mais forte de capacidade de recuperação de bola do FC Porto em zonas muito adiantadas, não deixando o Benfica articular 3/4 passes seguidos. Essa avalanche deu frutos. Uma diagonal de Corona (movimento não utilizado no primeiro tempo) a solicitar Jota aberto na esquerda, o avançado a perceber a passividade do marcador directo e alargando o drible e remate entre o poste e Ederson (erro do guarda-redes, que até fez defesas exímias, mas não podia deixar a bola passar por ali).
Depois do golo, o FC Porto recuou algo o seu bloco e perdeu o ritmo pressionante que lhe permitira dominar todo o jogo. A entrada de André Horta transformou o Benfica numa equipa com as linhas mais juntas e soluções de passe bem próximas, tornando-a ofensivamente mais perigosa (de salientar também a acutilância que a entrada de Jiménez proporcionou) e sustentada quando em organização defensiva.
O Benfica empatou o jogo aos 93 minutos sem que a qualidade de jogo durante a maior parte do tempo o justificasse. A estupidez de Herrera que deu o canto que originou o golo deve ser relevada. Tem de existir trabalho psicológico para que o atleta obtenha um rendimento de acordo com as suas aptidões.