Um muro cor-de-rosa para Donald Trump

Arquitectos mexicanos fazem uma paródia ao muro do candidato republicano inspirada em Luis Barragán.

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Luis Barragán, o arquitecto mexicano que é um dos nomes mais influentes da arquitectura do século XX, inspirou os seus conterrâneos do Estudio 3.14 numa paródia à proposta de Donald Trump para construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Conhecido pelos seus planos de cores vivas inspirados na arquitectura tradicional mexicana, Barragán é o ponto de partida para este projecto de arquitectura que propõe uma desmesurada barreira cor-de-rosa capaz de responder aos desejos do candidato republicano às eleições norte-americanas, que quer um muro “grande e lindo”, “impenetrável, físico, alto, poderoso” muro para diminuir a imigração mexicana ilegal.

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Luis Barragán, o arquitecto mexicano que é um dos nomes mais influentes da arquitectura do século XX, inspirou os seus conterrâneos do Estudio 3.14 numa paródia à proposta de Donald Trump para construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Conhecido pelos seus planos de cores vivas inspirados na arquitectura tradicional mexicana, Barragán é o ponto de partida para este projecto de arquitectura que propõe uma desmesurada barreira cor-de-rosa capaz de responder aos desejos do candidato republicano às eleições norte-americanas, que quer um muro “grande e lindo”, “impenetrável, físico, alto, poderoso” muro para diminuir a imigração mexicana ilegal.

A campanha de Trump, o magnata que fez fortuna no imobiliário, tem falado de uma estrutura que “irá cobrir toda a fronteira Sul, suficiente para parar o tráfego de pessoas e veículos”. O muro, segundo o desejo de Trump, deverá também ser pago pelos mexicanos e começar a ser construído logo a seguir às eleições. Por isso, os arquitectos mexicanos pegaram no programa de arquitectura definido pelo candidato, imaginaram-no como cliente e apresentaram uma barreira ininterrupta, com 3145 quilómetros, que vai da costa do Pacífico ao Golfo do México, à imagem da obra do arquitecto mexicano que ganhou o Prémio Pritzker em 1980 e morreu em 1988. “Porque o muro tem que ser bonito, inspirou-se nas paredes de Luis Barragán emblemáticas do México”, diz o atelier, citado pelo site de arquitectura Dezeen. “Tira também partido da tradição em arquitectura de erguer muralhas megalómanas.”

As imagens do atelier de Guadalajara, que foram desenvolvidas pelo director criativo Leonardo Díaz Borioli e por vários estagiários, mostram a muralha a atravessar o deserto, montanhas e a cidade de Tijuana, que contém um centro comercial, uma prisão e um miradouro para olhar para o outro lado.