Novo Banco: Cronologia de uma venda atribulada

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João Silva

2014

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2014

A 3 de Agosto o Banco de Portugal aplicou uma medida de resolução ao BES e a generalidade da actividade e do património do banco é transferida para o Novo Banco. Um mês depois, o Fundo de Resolução e o Banco de Portugal convidam para presidente do Novo Banco Eduardo Stock da Cunha. A 4 de Dezembro, começam a ser recebidas as manifestações de interesse, no âmbito do processo de venda do banco. No final do mês, o Banco de Portugal anuncia que 17 entidades manifestaram interesse na instituição, mas apenas três se tornaram vinculativas.

2015

O processo de venda é interrompido em Setembro pelo regulador, que não aceite qualquer das três propostas vinculativas. Um mês depois, o Fundo de Resolução contrata Sérgio Monteiro para coordenar e gerir toda a operação de venda do Novo Banco.

2016

O processo de venda da participação do Fundo no Novo Banco é retomado. Em Março, o Banco de Portugal define os termos da venda. O novo procedimento terá, numa primeira fase, duas vias paralelas. A primeira, um “Procedimento de Venda Estratégica” para alienação directa e competitiva do Novo Banco. A segunda via, denominada “Procedimento de Venda em Mercado”, pode resultar na colocação de acções junto de investidores institucionais e, eventualmente, numa oferta pública de acções do Novo Banco. Em Junho, o Banco de Portugal anuncia que recebeu quatro propostas. Em Julho António Ramalho substitui Eduardo Stock da Cunha. Ontem, às 17h00, terminou o prazo para a formalização das propostas.