Apollo/Centerbridge, Lone Star e Minsheng avançam com ofertas sobre Novo Banco
BCP mantém-se disponível, mas sem se comprometer. BPI afastou-se.
Os fundos de investimento Apollo e Centerbridge, Lone Star e o banco China Minsheng apresentaram esta sexta-feira novas ofertas vinculativas de compra do Novo Banco. Já o BCP informou o Banco de Portugal que se mantém disponível para continuara a avaliar o dossiê, mas sem se comprometer.
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Os fundos de investimento Apollo e Centerbridge, Lone Star e o banco China Minsheng apresentaram esta sexta-feira novas ofertas vinculativas de compra do Novo Banco. Já o BCP informou o Banco de Portugal que se mantém disponível para continuara a avaliar o dossiê, mas sem se comprometer.
Ontem, ao final do dia, o Banco de Portugal afirmou apenas que tinha cinco propostas, sem as identificar. O PÚBLICO apurou que tiveram origem nas seguintes entidades: Apollo, Centerbridge, Lone Star, China Minsheng e BCP, este último de modo a manter-se atento ao processo. Uma fonte do supervisor admitiu ao PÚBLICO que o BPI pode ter ficado fora da corrida, ao não formalizar uma intenção firme de aquisição da instituição actualmente liderada por António Ramalho. Um dado que não foi confirmado oficialmente por nenhuma das partes.
Certo é que o próximo accionista de controlo do Novo Banco sairá, se tudo correr conforme o previsto, de uma lista restrita: Apollo/Centerbridge, Lone Star e China Minsheng, os que avançaram com propostas vinculativas. Sendo assim, o novo proprietário do Novo Banco ou será norte-americano ou chinês.
Tanto o Lone Star, que já foi dono de centros comerciais Dolce Vita, e a Apollo, que controla a Tranquilidade e a Açoreana (ex-Banif), e que se posiciona em conjunto com o Centerbridge, visam a compra de 100% do Novo Banco. Já o China Minsheng fez uma oferta sobre mais de 50% do banco e prevê dispersão das restantes acções em bolsa.
Caberá agora à equipa liderada por Sérgio Monteiro, que o Banco de Portugal encarregou de conduzir o dossiê, aferir se as propostas respeitam os critérios definidos e concluir se estão regulares. Seguir-se-á um processo de análise para encontrar o comprador, e que será desenvolvido pela task force de mais de dez pessoas chefiada por Monteiro. Um gabinete de crise que vai procurar chegar a conclusões o mais rapidamente possível. A seguir, dará a conhecer as suas avaliações ao conselho de administração do BdP, que tomará decisões. No entanto, a última palavra sairá do Governo.
A 30 de Julho o BCP tinha-se limitado a entregar ao Fundo de Resolução uma folha, com poucas linhas, e uma mera declaração de vontade de analisar o negócio. Agora, voltou a repetir a iniciativa onde diz que se o processo não ficar fechado quer ser consultado.
Na mesma data, a 30 de Julho, o BPI apenas tinha informado o vendedor sobre as linhas gerais em que se podia envolver na operação. E acabou também por não avançar. A iniciativa não surpreende. Desde logo porque está a ser alvo de uma OPA lançada pelo CaixaBank, mas também porque, nos últimos meses, partiram da governação do BPI sinais contraditórios sobre o tema. Ao mesmo tempo que o CaixaBank se declarava pura e simplesmente desinteressado no Novo Banco, o CEO, Fernando Ulrich, e o chairman, Artur Santos Silva, surgiam, de forma repetida, a afirmar que tinham a intenção de analisar a compra da instituição. Mas, como sempre acontece, quem manda é o accionista, sobretudo quando tem 47% do capital.