Acidentes mortais analisados pela ACT aumentam mais de 5%

Autoridade para as Condições de Trabalho preocupada com aumento de mortes, que interrompe a tendência de descida verificada em 2012 e 2013.

Foto
A construção é o sector que regista maior número de acidentes Nelson Garrido

O relatório da actividade da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) aponta para um aumento de 5,2% dos acidentes que resultaram na morte de trabalhadores. Em 2015, a  inspecção foi notificada e analisou 142 acidentes mortais, mais sete do que no ano anterior, interrompendo-se a tendência de descida verificada em 2012 e em 2013.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O relatório da actividade da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) aponta para um aumento de 5,2% dos acidentes que resultaram na morte de trabalhadores. Em 2015, a  inspecção foi notificada e analisou 142 acidentes mortais, mais sete do que no ano anterior, interrompendo-se a tendência de descida verificada em 2012 e em 2013.

A construção continua a ser a actividade onde ocorrem mais acidentes (43), seguindo-se a agricultura (30) e a indústria transformadora (21). É nas empresas de menor dimensão que a maioria dos acidentes mortais se concentra.

Para o inspector-geral da ACT, o facto de não se verificar um descida consolidada do número de acidentes de trabalho mortais reportados à ACT é “motivo de preocupação” e um “aspecto negativo”, que condiciona o objectivo de reduzir em 30% os acidentes mortais até 2020.

Estes dados vão obrigar a ACT a mudar os seus procedimentos? Pimenta Braz considera que aonda é cedo para tirar ilações. "É preciso analisar um período mais longo" e ter em conta os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento que dão conta de um descida dos acidentes mortais entre 2009  e 2013 (os dados do GEP são mais elevados, porque a ACT só trata dos processos que lhe são comunicados).