Josephine Baker é BD

Uma das protagonistas dos loucos anos 20 em Paris é agora a personagem principal de uma banda desenhada. Catel Muller desenha, José-Louis Bocquet escreve.

Fotogaleria

Catel Muller desenha, José-Louis Bocquet escreve. Juntos, a desenhadora e o argumentista e editor já criaram uma série de bandas desenhadas sobre mulheres importantes com vidas fora do comum, como Édith Piaf ou Kiki de Montparnasse. Josephine Baker, cantora e bailarina que foi uma das estrelas dos anos 20, é a sua protagonista mais recente.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Catel Muller desenha, José-Louis Bocquet escreve. Juntos, a desenhadora e o argumentista e editor já criaram uma série de bandas desenhadas sobre mulheres importantes com vidas fora do comum, como Édith Piaf ou Kiki de Montparnasse. Josephine Baker, cantora e bailarina que foi uma das estrelas dos anos 20, é a sua protagonista mais recente.

Segundo os autores, a história de Baker está envolta em lendas e fantasias. Conta-se na BD, dividida em capítulos organizados cronologicamente e acompanhada por notas biográficas, a infância da artista no Missouri, em que já dava espectáculos, e as suas vivências depois de um empresário a contratar para brilhar nos palcos europeus.

Em Paris, começa na revista negra dos Campos Elísios para passar à famosa casa de espectáculos Folies Bergère e vir finalmente a ter o seu próprio clube na capital francesa. Aí, a discriminação racial é diferente da que viveu nos Estados Unidos. A segregação aparece na forma de exotismo, de dançar vestida de plumas ou com uma saia de bananas cantando sem parar.

A banda desenhada aborda também como a França criou uma imagem de Baker como resistente durante a Segunda Guerra Mundial, que lhe valeu importantes distinções patriotas. Volta mais tarde aos Estados Unidos, em que fará parte de movimentos contra a segregação racial e em que quer actuar perante um público misto em lugares apenas para brancos, por exemplo. 

Na história pode ver-se ainda como Baker viveu num palácio na companhia de vários órfãos que adoptou, de diferentes etnias, e de animais de toda a espécie, entre os quais uma pantera. Alguns excertos da banda desenhada de mais de 500 páginas estão disponíveis na internet.