Parlamento venezuelano cancela debate sobre Maduro
Presidente venezuelano tinha sido chamado ao Parlamento, que o responsabiliza pela crise que o país atravessa. A oposição cancelou marcha de protesto, à espera de ver resultados do diálogo mediado pelo Vaticano.
O Parlamento venezuelano concordou nesta terça-feira em adiar "por alguns dias", o debate que estava agendado para determinar a responsabilidade política do Presidente, Nicolás Maduro, no que considera "ruptura da ordem constitucional" no país.
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O Parlamento venezuelano concordou nesta terça-feira em adiar "por alguns dias", o debate que estava agendado para determinar a responsabilidade política do Presidente, Nicolás Maduro, no que considera "ruptura da ordem constitucional" no país.
No início da sessão, o vice-presidente Julio Borges, líder da facção maioritária da oposição, pediu para se adiar o debate , considerando o facto "de nas últimas horas o Vaticano ter começado, formalmente, a intervir na crise constitucional e democrática do país".
A seguir, os deputados votaram e aprovaram a proposta. O processo surge dois dias depois do início do diálogo político entre Governo e oposição, sob os auspícios da União das Nações Sul-Americanas e com a mediação do Vaticano.
O Parlamento, dominado pela oposição, envolveu o Presidente, Nicolás Maduro, num processo em que o acusa de ser responsável pela crise que o país atravessa e convocou-o para esta terça-feira, mas o Presidente recusou falar aos deputados.
A oposição anunciou também a suspensão de uma marcha que tinha marcado para quinta-feira e que iria acabar junto do palácio presidencial.
A decisão (da suspensão) foi anunciada pelo presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, que justificou a decisão com um pedido nesse sentido do Vaticano, mediador do diálogo que começou no último domingo, entre oposição e Governo.
O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas, Ernesto Samper, já tinha pedido para que as manifestações na Venezuela decorressem de forma pacífica e insistiu no diálogo como única forma de resolver a crise no país.