Igreja negra no Mississippi incendiada e vandalizada com frase pró-Trump
O incidente na igreja baptista de uma comunidade negra americana está a ser tratado pela polícia como um crime de ódio.
Uma igreja baptista de uma comunidade negra do Mississippi, nos EUA, foi incendiada e vandalizada com uma inscrição pintada a spray onde se lia “Vote Trump” (Vota Trump). O episódio na Hopewell Baptis Church, na cidade de Greenville, está a ser tratado pela polícia americana como um crime de ódio e pode ser considerado um acto de intimidação.
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Uma igreja baptista de uma comunidade negra do Mississippi, nos EUA, foi incendiada e vandalizada com uma inscrição pintada a spray onde se lia “Vote Trump” (Vota Trump). O episódio na Hopewell Baptis Church, na cidade de Greenville, está a ser tratado pela polícia americana como um crime de ódio e pode ser considerado um acto de intimidação.
A maioria dos danos no edifício, com 111 anos de história, foram registados no santuário, informou a pastora Carilyn Hudson em conferência de imprensa e citada pela imprensa norte-americana: “Nós acreditamos que Deus nos vai permitir construir outro santuário no mesmo local”. A extensão total dos danos é ainda desconhecida.
Ainda sem suspeitos, as autoridades falam na possibilidade de o autor do crime ser “uma pessoa de interesse”, afirmou Delando Wilson, chefe da Polícia de Greenville. “Tenta impor as suas crenças noutros, e isto é uma igreja, uma igreja predominantemente negra, e ninguém tem o direito de tentar pressionar alguém para decidir o voto nas eleições”, refere ainda Wilson.
O mayor da cidade, Errick Simmons, revelou que alguns dos 200 paroquianos estão com medo e se sentem intimidados depois do incidente. Mais do que isso, sentem que não foi apenas um ataque à igreja mas também à comunidade negra no geral, acrescentou o autarca. “Aconteceu nos anos 1950, aconteceu nos anos 1960, mas estamos em 2016 e isto não deveria acontecer”, prosseguiu. O FBI também já se envolveu na investigação para perceber se foram cometidos “crimes contra os direitos civis”, esclareceu em comunicado.
A cidade de Greenville tem uma população a rondar as 33 mil pessoas, das quais 78% são negras.