O Fórum do Futuro em cinco momentos
O “festival de pensamento” criado no Porto por Paulo Cunha e Silva regressa esta terça-feira e termina no domingo. Estas são algumas das sessões a não perder.
Samuel Fosso
A verdade faz-nos mais fortes
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Samuel Fosso
Célebre pelo seu uso criativo e irónico, e altamente político, do auto-retrato – usa a caracterização e o vestuário para encarnar uma série de personagens, de Mao Tsé-Tung a Patrice Lumumba –, o fotógrafo camaronês falará desse processo numa sessão que terá como moderadores José Capela e Vânia Rodrigues, da companhia mala voadora. É um dos nomes a destacar numa programação que que deu particular atenção a África, e que trará também ao Porto o realizador e produtor Teddy Goitom, fundador da plataforma digital Afripedia. 3 de Novembro, Rivoli - Auditório Isabel Alves Costa, 16h
Ali Smith
How to Be Both (2014), o penúltimo romance da ficcionista escocesa Ali Smith, que recebeu os prémios Goldsmith e Costa e integrou os finalistas de vários outros, incluindo o Man Booker, assume a premissa de que nunca vivemos num só tempo nem temos uma identidade fixa. Temas que vai discutir com o romancista Richard Zimmler, também ele interessado no modo como a literatura lida com a história e com as questões de género. 3 de Novembro, Rivoli - Grande Auditório, 21h30
Eyal Weizman
Director do Centro de Pesquisa Arquitectónica do colégio Goldsmiths, da Universidade de Londres, este arquitecto israelita fundou em 2010 a agência de investigação Forensic Architecture, que investiga locais de conflito armado, utilizando uma nova disciplina, a arquitectura forense, para verificar crimes cometidos pelas várias partes em confronto e fornecer dados à análise política e à intervenção humanitária. 5 de Novembro, Rivoli - Grande Auditório, 21h30
Joshua Oppenheimer
O Fórum do Futuro presta este ano homenagem a um dos grandes nomes do documentarismo actual, o anglo-americano Joshua Oppenheimer, radicado na Dinamarca, de quem serão exibidos, no Rivoli, O Acto de Matar (2012) e O Olhar do Silêncio (2014), ambos sobre os assassinatos políticos na Indonésia de Suharto. O realizador é também um dos oradores convidados, com uma conferência que tem como sugestivo título Contra o esquecimento. 6 de Novembro, Rivoli - Grande Auditório, 18h
Hassan Akkad
Professor de Inglês em Damasco, Akkad fugiu do país depois de ter sido preso e torturado pelo regime de Bashar el-Assad. Quase perdeu a vida na travessia do Mediterrâneo, experiência que partilhou no documentário Exodus, da BBC. A crise dos refugiados vai estar em foco nesta sessão de encerramento, que terá ainda como convidados dois autarcas cujas cidades se revelaram exemplares no acolhimento dos refugiados sírios: o turco Hasan Kara, de Kilis, e o grego Manolis Vournous, de Chios. 6 de Novembro, Rivoli - Grande Auditório, 21h30