Abóboras, morcegos e aranhas andam à solta pelo país no Dia das Bruxas
Halloween é assinalado um pouco por todo o país.
Abóboras horripilantes, bruxas, aranhas, morcegos e velas são símbolos do Dia das Bruxas ou Halloween, uma tradição importada dos Estados Unidos que se assinala nesta segunda-feira.
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Abóboras horripilantes, bruxas, aranhas, morcegos e velas são símbolos do Dia das Bruxas ou Halloween, uma tradição importada dos Estados Unidos que se assinala nesta segunda-feira.
Por todo o país estão agendadas várias actividades, sobretudo dirigidas às crianças, mas também para os mais velhos, como a “Halloween Run Party”, corrida nocturna promovida pela Xistarca, em parceria com a Junta de Freguesia de Alcântara, em Lisboa.
O evento conta com uma corrida de aproximadamente oito quilómetros e uma caminhada de quatro quilómetros, uma aula de zumba e uma festa.
O Jardim Botânico da Ajuda, também em Lisboa, promove este ano, a partir das 19h30, um concurso de decoração de abóboras e outro de máscaras, um jantar temático e a peça de teatro Jardim do Terror, pelo grupo de teatro infantil Animarte.
Já a Estufa Fria, no Parque Eduardo VII, recebe a “Fox Halloween Beat Night”, com o apoio da Rádio Comercial e os DJ nacionais Wilson Honrado, Kwan e Kamala.
Ainda na capital, os comerciantes das avenidas Almirante Reis (Arroios) e de Roma (Areeiro) aproveitam o para promover os seus negócios, com estabelecimentos abertos até à meia-noite e actividades 'assustadoras', contando-se igualmente com a ‘Halloween Parade’, que inicia-se às 21h na Avenida de Roma.
No Porto, na terceira edição do “Halloween Late Harvest”, a tradição cumpre-se com bruxas, ogres e dragões, fantasmas e aparições a assombrarem a estação de Metro da Trindade e a Baixa.
A dança, a actividade física e a animação, a que se junta uma pitada de comida de rua, compõem a poção mágica para a noite, segundo os organizadores.
Às 18h um grupo de convidados é levado a conhecer os lados mais negros e as assombrações do Porto, com o apoio da Douro Acima.
A aldeia de Vilar de Perdizes, em Montalegre, celebra a noite com um desfile de bruxas, diabos e mafarricos e a queimada e esconjuro.
A aldeia "veste-se" a rigor com casas e lojas decoradas, sendo o ponto alto da noite a preparação da queimada: licor feito à base de aguardente, açúcar, maçã e canela, pelo padre António Fontes, conhecido por “Dom Bruxo”.
Também o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, em Sintra, organiza uma visita nocturna para comemorar a noite, inspirada em antigas tradições relativas ao culto dos antepassados e às nocturnas deambulações das almas-penadas.
Em Tavira, no Centro Ciência Viva, é promovida a festa da noite das bruxas com muita ciência e actividades especiais.
O Dia das Bruxas é uma celebração pagã, com mais de dois mil anos de existência. A celebração desta data teve origem no povo celta, que festejava no seu calendário o fim do Verão, o início do Ano Novo e as boas colheitas do ano.
Por outro lado, a Igreja Católica passou a celebrar o 1 de Novembro como sendo o Dia dos Finados, ou seja, o dia em que se lembra as pessoas que faleceram.
Em Portugal, no dia de Todos-os-Santos, era comum as crianças saírem à rua e juntarem-se a pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta.
O dia de ‘Pão por Deus’, ou dia de todos os fiéis defuntos, era o dia em que se repartia muito pão cozido pelos pobres.
No século XIX, os irlandeses, que a par dos canadianos são entusiastas desta celebração, implantaram a festa do Halloween nos Estados Unidos da América, país que celebra esta tradição de forma entusiástica.