O que sabemos sobre as mensagens de Clinton?
Anúncio do FBI não dá detalhes, mas revista Newsweek diz que não se trata de mensagens de ou para Hillary Clinton.
Um conjunto de mensagens encontradas num computador que não é de Hillary Clinton, que não foram escritas por ela nem a tinham como destinatária, quando não há qualquer indicação de que ela as tenha tentado esconder na investigação do FBI ao uso irregular de contas de e-mail privadas: segundo a revista Newsweek, as mensagens agora analisadas pelo FBI são tudo menos explosivas.
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Um conjunto de mensagens encontradas num computador que não é de Hillary Clinton, que não foram escritas por ela nem a tinham como destinatária, quando não há qualquer indicação de que ela as tenha tentado esconder na investigação do FBI ao uso irregular de contas de e-mail privadas: segundo a revista Newsweek, as mensagens agora analisadas pelo FBI são tudo menos explosivas.
As mensagens estavam no computador partilhado por uma assessora de Clinton, Huma Abedin, e o seu então marido, Anthony Weiner, e foram encontrados numa investigação a Weiner por envio de mensagens sexualmente explícitas a uma menor de idade.
Abedin tinha, aparentemente, informação de trabalho neste computador por uma questão prática – Clinton preferia ler em papel e Abedin imprimia as mensagens mais facilmente passando-os da conta do Departamento de Estado para uma conta pessoal, diz a revista Newsweek, com base em depoimentos de fontes anónimas e documentos relacionados com o caso. A revista aponta que não haveria maneira de Clinton saber de que computador é que a sua assessora imprimia os e-mails, excepto se Abedin lho comunicasse de cada vez. E que embora as duas trocassem e-mails também encontrados neste computador, esses não estão a ser analisados.
O FBI diz apenas que não é possível ainda saber se estas mensagens são relevantes para o caso do uso do servidor pessoal de Clinton, que em Julho concluíra que apesar de irregular, não tinha sido ilegal ou criminoso. Segundo a Newsweek, a investigação agora terá de verificar se a informação era confidencial, e caso fosse, Abedin poderá ser acusada de má gestão (para ser suspeita de um crime teria de se estabelecer que teve intenção de partilhar a informação). Se as mensagens não forem classificadas, não haverá irregularidades.