O rap é mais relevante do que o rock, diz Roger Daltrey dos The Who
Roger Daltrey, vocalista de uma das bandas mais conhecidas da história do rock, os The Who, afirmou que o rock e a pop caíram em desgraça e que apenas o rap consegue ter impacto sociocultural na actualidade.
O vocalista do histórico grupo The Who, um dos mais importantes da história do rock desde os anos 1960, fez uma declaração que está a causar incómodo junto de alguns admiradores de rock. Em entrevista ao The Times, ocorrida durante o festival Desert Trip, afirmou que o “rock morreu” e que terá chegado a “um beco sem saída”, acrescentando que o rap é bem mais relevante nos dias que correm: "apenas os rappers têm algo de importante a dizer”, declarou.
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O vocalista do histórico grupo The Who, um dos mais importantes da história do rock desde os anos 1960, fez uma declaração que está a causar incómodo junto de alguns admiradores de rock. Em entrevista ao The Times, ocorrida durante o festival Desert Trip, afirmou que o “rock morreu” e que terá chegado a “um beco sem saída”, acrescentando que o rap é bem mais relevante nos dias que correm: "apenas os rappers têm algo de importante a dizer”, declarou.
Já em relação às sonoridades mais pop é ainda mais contundente, comentando que a maioria daquilo que é feito na actualidade é descartável. Roger Daltrey, de 72 anos, proferiu as declarações no contexto do festival Desert Trip, que teve como cabeças-de-cartaz uma série de músicos veteranos como Dylan, Rolling Stones, Paul McCartney, Neil Young ou Roger Waters.
Convidado a reflectir sobre o panorama musical assumiu uma grande tristeza pelo que lhe é dado a ver, já que na sua visão o rock terá perdido a sua aura e pertinência e a maior parte das estrelas pop de hoje faz música que se esquece rapidamente. Na sua visão apenas alguns rappers têm conseguido que a música popular mantenha o impacto sociocultural de outros tempos, com uma atitude aguerrida e interventiva.
Já em anteriores declarações públicas o cantor havia sido crítico, dizendo que na actualidade não havia nada comparável ao punk ou ao movimento mod dos anos 1970, censurando directamente a actuação de grupos como os One Direction.
Os críticos das declarações argumentam que o olhar de Daltrey está ancorado no passado, não tendo em atenção que o panorama musical mudou nas últimas décadas com novas formas de criação, distribuição ou fruição a alterarem a percepção que temos do mesmo.