Hacker que roubou fotografias íntimas de celebridades condenado a 18 meses de prisão
Ryan Collins violou as contas de mais de uma centena de actrizes, cantoras e modelos. Fotografias tornaram-se virais.
Em 2014, Ryan Collins, de 36 anos, entrou na plataforma de armazenamento de dados iCloud através dos números de telemóvel de celebridades e de uma falha no serviço da Apple. O resultado? Dezenas de fotografias íntimas, incluindo nus, de uma lista de 101 celebridades foram expostas e partilhadas na Internet, num caso que ficou conhecido como Celebgate. Esta quinta-feira foi conhecida a sua pena e Collins foi condenado a 18 meses de prisão num estabelecimento federal norte-americano, por ter violado o diploma geral que rege a segurança informática, o Computer Fraud and Abuse Act.
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Em 2014, Ryan Collins, de 36 anos, entrou na plataforma de armazenamento de dados iCloud através dos números de telemóvel de celebridades e de uma falha no serviço da Apple. O resultado? Dezenas de fotografias íntimas, incluindo nus, de uma lista de 101 celebridades foram expostas e partilhadas na Internet, num caso que ficou conhecido como Celebgate. Esta quinta-feira foi conhecida a sua pena e Collins foi condenado a 18 meses de prisão num estabelecimento federal norte-americano, por ter violado o diploma geral que rege a segurança informática, o Computer Fraud and Abuse Act.
Entre a lista completa, na qual se destacam mulheres da indústria do entretenimento, estavam as cantoras Avril Lavigne, Rihanna e Selena Gomez, as actrizes Kirsten Dunst, Hillary Duff, Brie Larson e Mary Elizabeth Winstead, as modelos Amber Heard e Cara Delevigne, a estrela da série de televisão Glee Lea Michele, o anjo da Victoria’s Secret Candice Swanepoel e a socialite Kim Kardashian. Jennifer Lawrence foi uma das actrizes afectadas e ficou conhecida como um dos rostos do crime, pela pela quantidade de imagens suas expostas e pela forma directa como reagiu à violação da sua privacidade.
À data, algumas vítimas negaram a veracidade das imagens e outras condenaram o crime de invasão de privacidade, lembrando que cada pessoa que as via estava a contribuir para o crime. Várias vozes saíram em defesa das vítimas, sublinhando que “a forma como se partilha o corpo deve ser uma escolha”. Foi o caso da actriz Lena Dunham que pediu apoio às mulheres e que não se olhasse para as fotografias roubadas. Multiplicaram-se então as queixas e as críticas à Apple pela falha de segurança.
Dois anos depois do crime de hacking informático, a investigação concluiu que Collin induziu várias delas a entregarem os seus dados pessoais através de moradas de correio electrónico falsas de entidades como a Apple e o Google, detalha o relatório do departamento de Justiça da Pensilvânia, onde o hacker foi julgado. Uma técnica conhecida por phishing, ludribiando os utilizadores até obter deles as palavras-passe para as suas contas. Em alguns casos em concreto, Ryan Collins recorreu a um programa de software para fazer descarregar todos os dados armazenados pelas vítimas.
O autor do crime estava sujeito a uma pena de cinco anos de prisão. A investigação do FBI não conseguiu, no entanto, encontrar provas de que Collins tinha sido o responsável por partilhar a informação e fotografias que roubou, aponta o mesmo relatório.
Em 2012, um homem foi condenado a dez anos de prisão por entrar nas contas de mais de meia centena de celebridades, entre elas as actrizes Scarlett Johansson e Mila Kunis.