Relatório revela "sérias falhas logísticas" nos controlos antidoping do Rio2016
Relatório da Agência Mundial Antidopagem foi elaborado por um conjunto de observadores independentes.
Um relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA), publicado esta quinta-feira, revelou que a existência de "sérias falhas logísticas" afectou os controlos antidoping nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
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Um relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA), publicado esta quinta-feira, revelou que a existência de "sérias falhas logísticas" afectou os controlos antidoping nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
O relatório, elaborado por um conjunto de observadores independentes enviados pela AMA ao Rio de Janeiro, a convite do Comité Olímpico Internacional (COI), indica que, em alguns casos, atletas seleccionados para o controlo antidoping "simplesmente não foram encontrados".
A falta de pessoal preparado para a recolha das amostras antidoping, incluindo 'chaperones' (pessoas responsáveis por guiar o desportista até à zona dos testes), contribuiu para que o número de controlos fora de competição ficasse aquém do objectivo diário estipulado.
"Na realidade, habitualmente, apenas 50 por cento ou menos dos testes foram realizados", diz o relatório.
As falhas estenderam-se aos recintos de competição, com os chaperones a serem impedidos de entrar em algumas áreas, enquanto acompanhavam os atletas no procedimento antidoping, e os oficiais de controlo a demonstrarem não conhecer o processo de recolha de amostras.
Apesar das inúmeras falhas, Jonathan Taylor, o responsável pelo painel independente, considera que o programa antidoping do Rio 2016 foi "capaz de atingir um número de resultados positivos em condições desafiantes".