Lucro operacional da Volkswagen subiu 11% para 11,3 mil milhões
No terceiro trimestre do ano, a fabricante assumiu custos de mais 442 milhões de euros relacionados com o escândalo das emissões.
Um ano depois de a fraude das emissões vir a público, as vendas do Grupo Volkswagen não dão sinais de terem abrandando, embora a factura do escândalo continue a pesar nas contas da multinacional alemã.
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Um ano depois de a fraude das emissões vir a público, as vendas do Grupo Volkswagen não dão sinais de terem abrandando, embora a factura do escândalo continue a pesar nas contas da multinacional alemã.
Nos primeiros nove meses deste ano, as vendas de automóveis cresceram 2,9%, comunicou o fabricante nesta quinta-feira. As receitas permaneceram praticamente inalteradas, em torno dos 160 mil milhões de euros. O lucro operacional, excluídos itens extraordinários, subiu 11%, para 11,3 mil milhões.
As entregas de veículos a clientes (cujos números diferem das vendas) mostram que a Volkswagen, a principal marca do grupo, teve um desempenho abaixo do das restantes marcas, com uma subida de apenas 0,6%. A Audi cresceu 4,5% e a Skoda, 6,2%. Já no período entre Julho e Setembro, as vendas cresceram 4,4%, as receitas, 1% e os lucros operacionais, 17%.
No último trimestre, a empresa assumiu custos de 442 milhões de euros relacionados com o escândalo das emissões, elevando para cerca de 18 mil milhões os gastos com o caso. No início da semana, a empresa tinha já chegado a um acordo com as autoridades americanas para compensar os clientes naquele país.
A justiça americana deu último aval necessário para que a multinacional leve a cabo um plano que inclui comprar os carros com motização 2.0 aos clientes afectados, eventuais indemnizações e também a criação de um fundo ambiental. Ao todo, a empresa poderá desembolsar 14,7 mil milhões de dólares ao longo de vários anos. Às 15 horas, as acções da Volkswagen subiam 0,26%, para 125,6 euros.