Schäuble diz que Portugal “estava a ser bem sucedido até entrar um novo governo”
Ministro alemão das Finanças volta a falar sobre caminho seguido pelas autoridades portuguesas e defende que se está a assumir “um grande risco”.
O ministro alemão das Finanças voltou esta quarta-feira a criticar as políticas seguidas pelo Governo português, afirmando que o país estava a ser bem sucedido antes da entrada em funções do actual executivo e defendendo que Portugal corre riscos ao seguir pelo caminho agora escolhido.
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O ministro alemão das Finanças voltou esta quarta-feira a criticar as políticas seguidas pelo Governo português, afirmando que o país estava a ser bem sucedido antes da entrada em funções do actual executivo e defendendo que Portugal corre riscos ao seguir pelo caminho agora escolhido.
As declarações de Wolfgang Schäuble foram feitas numa cimeira em Budapeste, em que o ministro alemão falou sobre os actuais desafios da economia europeia. Tal como já o tinha feito recentemente, Schäuble apresentou Portugal como um exemplo do que devem ser, de acordo com a sua opinião, as políticas económicas a seguir pelos países da zona euro.
“Portugal estava a ser muito bem sucedido até entrar um novo governo, depois das eleições”, afirmou Wolfgang Schäuble, de acordo com a agência Bloomberg, citada pelo Observador. A falha do Governo foi desde logo, segundo o ministro alemão, “declarar que não iria respeitar os compromissos assumidos pelo anterior Governo”.
Schäuble disse ainda que tinha alertado Mário Centeno para os riscos que o Governo corria. “Está a acontecer de uma forma para a qual alertei o meu colega português, porque eu disse-lhe: 'Se seguirem esse caminho, vão assumir um grande risco'”, afirmou.
No final de Junho, outras declarações de Wolfgang Schäuble sobre Portugal provocaram polémica, tendo o ministro sido citado por agências de notícias internacionais como dizendo que Portugal tinha pedido um novo resgate. “E irá tê-lo”, teria dito Schäuble, que mais tarde acabou por garantir que aquilo que tinha dito é que Portugal teria de pedir um novo resgate, se não cumprisse as regras orçamentais.