"Caso dos Comandos": dois militares vão ser constituídos arguidos
PGR apenas confirma que dois militares vão ser interrogados esta terça-feira no DIAP. Ambos terão falhado no socorro imediato aos instruendos que morreram em Setembro.
Dois militares vão ser constituídos arguidos no âmbito do "caso dos Comandos". A informação é avançada pela RTP. A Procuradoria-Geral da República apenas confirma que dois militares serão ouvidos na tarde desta terça-feira em interrogatório no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Em causa está a suposta falha na assistência aos dois instruendos que morreram durante o treino do curso dos Comandos, em Setembro. De acordo com o jornal Expresso, os dois militares que irão ser ouvidos são os dois enfermeiros que estavam na tenda onde os instruendos foram assistidos.
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Dois militares vão ser constituídos arguidos no âmbito do "caso dos Comandos". A informação é avançada pela RTP. A Procuradoria-Geral da República apenas confirma que dois militares serão ouvidos na tarde desta terça-feira em interrogatório no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). Em causa está a suposta falha na assistência aos dois instruendos que morreram durante o treino do curso dos Comandos, em Setembro. De acordo com o jornal Expresso, os dois militares que irão ser ouvidos são os dois enfermeiros que estavam na tenda onde os instruendos foram assistidos.
O jornal já tinha avançado que também os órgãos disciplinares da Ordem dos Médicos (OM) decidiram "abrir formalmente um inquérito" ao médico que assistiu os dois intruendos, citando o bastonário, José Manuel Silva. O médico visado, militar com a patente de capitão, poderá ser alvo de sanções pela Ordem dos Médicos que vão da advertência ao impedimento total do exercício da profissão, escreve o Expresso.
A edição desta terça-feira do Correio da Manhã já avançava que a investigação da Polícia Judiciária Militar, em articulação com o DIAP, tinha concluído pela existência de um erro médico na morte dos dois comandos. “Os exames de toxicologia já foram concluídos e elaborados os respectivos relatórios”, escreve aquele diário.
O mesmo jornal especifica que, no dia 4 de Setembro, encontravam-se na enfermaria 25 militares, entre os quais os dois que viriam a morrer. Nesse dia, o médico de serviço terá abandonado as instalações às 19h, depois de considerar que os doentes não precisavam de cuidados urgentes. No local terão ficado dois enfermeiros e dois socorristas sem que – acrescenta o CM – fosse chamado um outro médico que estava previsto na escala para aquele curso dos Comandos.
Além destas investigações, decorre um processo interno de averiguações aberto pelo Exército que ditou até ao momento dois processos disciplinares. A este soma-se ainda uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção. Até estar concluída essa inspecção, está suspensa a realização de mais cursos de Comandos.