Eugenia Cooney, a “rainha-esqueleto”, é demasiado magra para o YouTube?
Lançada petição para impedir jovem de publicar vídeos. O argumento: os seus 27 quilos sugerem que é "normal" sofrer de anorexia.
Por estes dias tem dado que falar o caso de uma jovem youtuber norte-americana, Eugenia Cooney, devido à sua extrema magreza. Estima-se que pese pouco mais de 27 quilogramas e o burburinho criado pela sua aparência levou a que várias pessoas, através de mensagens publicadas online, instassem a jovem a procurar ajuda médica.
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Por estes dias tem dado que falar o caso de uma jovem youtuber norte-americana, Eugenia Cooney, devido à sua extrema magreza. Estima-se que pese pouco mais de 27 quilogramas e o burburinho criado pela sua aparência levou a que várias pessoas, através de mensagens publicadas online, instassem a jovem a procurar ajuda médica.
A “rainha-esqueleto” (skeleton queen), como chegou a ser apelidada por quem a critica num fórum de beleza, diz “estar bem” e não “estar a morrer”, que sua magreza é “natural”, cita o jornal espanhol El País. Eugenia Cooney sublinha que nunca tentou “influenciar ninguém a nada” – “não incentivo ninguém a ser como eu”.
O alarido na Internet deve-se ao facto de Eugenia Cooney possuir um canal no YouTube, com um total de 876.813 subscritores, onde a jovem publica vídeos sobre moda, beleza, videojogos ou trivialidades, e onde, de acordo com o mesmo jornal, já disse querer ser "um esqueleto com pele". O público-alvo são os jovens com idades entre os 12 e os 21 anos.
Há cerca de três semanas foi criada uma petição na plataforma Change.org com o objectivo de a impedir de partilhar, temporariamente, vídeos no seu canal. Segundo os autores da petição, a youtuber está a “dar um mau exemplo” a uma audiência cuja faixa etária é propensa a distúrbios alimentares. "Ela está a ficar cada vez mais doente", observam.
“Esta petição não é para a desanimar, insultar ou diminuir. Isto é para ela procurar ajuda e para a sua audiência juvenil não se expor às mesmas condições”, sublinham os autores da petição, que até ao início da tarde desta terça-feira conseguiu reunir 9296 subscritores. “A cada 62 minutos, alguém morre em resultado de um distúrbio alimentar.”
Texto editado por Hugo Torres