Novo presidente da CGD vai reunir-se com Ferro Rodrigues
António Domingues vai oficialmente apresentar cumprimentos ao presidente da Assembleia da República. Em cima da mesa estão também esclarecimentos sobre auditoria aprovada pelo Parlamento.
Numa altura em que há uma discussão no Parlamento sobre os salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o novo presidente do banco público tem um encontro marcado com o presidente da Assembleia da República, AR, Ferro Rodrigues. A reunião vai ser na quarta-feira e foi marcada a pedido de António Domingues, conta o Jornal de Negócios.
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Numa altura em que há uma discussão no Parlamento sobre os salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o novo presidente do banco público tem um encontro marcado com o presidente da Assembleia da República, AR, Ferro Rodrigues. A reunião vai ser na quarta-feira e foi marcada a pedido de António Domingues, conta o Jornal de Negócios.
Oficialmente, trata-se de um apresentar de cumprimentos por parte do presidente da CGD à segunda figura do Estado, responde o gabinete do presidente da AR. Mas em cima da mesa pode estar também um pedido de esclarecimento de Domingues a Ferro sobre a recomendação que o Parlamento aprovou no início deste ano para que o Governo leve a cabo uma auditoria ao banco público.
No final de Setembro, Domingues foi ouvido na Comissão de Inquérito à CGD – entretanto suspensa por causa dos trabalhos do Orçamento – e na altura disse que, por ter tido conhecimento desta iniciativa, pediu uma audiência ao presidente do Parlamento e ao governador do Banco de Portugal.
Na altura, Domingues já se tinha reunido com o governador, mas não com Ferro Rodrigues, e informou que nas conversas com Carlos Costa chegou à conclusão que "essas auditorias deviam ser feitas sob o controlo do Banco de Portugal". "Parece-me a solução mais adequada", disse.
Além da recomendação do Parlamento para que se faça uma auditoria aos principais créditos da CGD, o Governo aprovou a realização de uma auditoria interna do banco público a realizar sobre a gestão desde o ano 2000, auditoria essa que não está a ser feita, admitiu o próprio Domingues nessa audição, porque, contou, não tinha tido instruções para a fazer.
Ao PÚBLICO as Finanças justificaram de seguida que esta auditoria será feita "posteriormente" ao processo de recapitalização do banco público.