Exército abre dois processos disciplinares depois de morte de recrutas

Dois jovens do 127.º curso dos Comandos morreram em Setembro.

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Tem estado a decorrer um processo de averiguações interno Luís Ramos

O Exército emitiu um comunicado nesta quinta-feira onde informa que foram abertos dois processos disciplinares na sequência da investigação ao que se passou no 127.º curso de Comandos, de que faziam parte dois militares que morreram no início de Setembro, durante os treinos.

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O Exército emitiu um comunicado nesta quinta-feira onde informa que foram abertos dois processos disciplinares na sequência da investigação ao que se passou no 127.º curso de Comandos, de que faziam parte dois militares que morreram no início de Setembro, durante os treinos.

“Na sequência dos processos de averiguações instaurados no âmbito do 127.º Curso de Comandos e tendo-se apurado nos mesmos indícios da prática de infracção disciplinar, foi determinada a abertura até à presente data, de dois processos disciplinares pelo Comandante das Forças Terrestres”, informa o comunicado assinado pelo porta-voz do Exército, sem acrescentar mais nada.

Hugo Abreu, 20 anos, morreu num domingo, 4 de Setembro, dia de treino. No sábado seguinte, Dylan Silva, colega do mesmo curso e da mesma prova, viria a morrer no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde tinha dado entrada. Vários outros recrutas receberam assistência hospitalar.

As mortes estão a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Nesta terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, afirmou que o processo interno de averiguações às causas da morte dos dois recrutas do curso de Comandos estaria concluído a “muito curto prazo”, admitindo corrigir situações que se revelassem anómalas. “Temos a certeza de que os portugueses vão acreditar e confiar nos Comandos. Eu estou seguro, o Exército é uma instituição credível que se rege pelos padrões institucionais. Neste caso concreto são situações anómalas, vamos corrigir o que tiver de ser corrigido e com certeza os portugueses perceberão”, afirmou, citado pela Lusa.

Rovisco Duarte respondia a perguntas dos jornalistas no final de uma visita dos deputados da comissão parlamentar de Defesa Nacional ao regimento de Comandos, em Carregueira, Sintra. Questionado se tinha conhecimento de alegadas situações de privação de água, de sono e mesmo de agressões na instrução do curso de Comandos, respondeu que “não admite nem deixa de admitir”. É preciso aguardar pelos relatórios do processo de averiguações interno e que só depois agirá “em conformidade", disse.

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