Quem é este homem?
Francisco Afonso Chaves foi um dos mais importantes naturalistas portugueses da viragem do século XIX; a fotografia constituiu para ele uma actividade paralela.
Só o exercício de enumerar as diferentes áreas das ciências naturais a que Francisco Afonso Chaves se dedicou cansa. Respirar fundo: Afonso Chaves entregou-se à biologia, à geologia, à geofísica, à sismologia, à vulcanologia, à meteorologia, à museologia e ao estudo da fauna e da flora dos Açores. Foi militar (chegou a coronel) e por isso estudou na Escola Politécnica, em Lisboa. E, em paralelo a tudo isto, desenvolveu uma intensa actividade como fotógrafo ao longo de, pelo menos, quase três décadas (entre 1901 e 1926, segundo o espólio que chegou até aos nossos dias).
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Só o exercício de enumerar as diferentes áreas das ciências naturais a que Francisco Afonso Chaves se dedicou cansa. Respirar fundo: Afonso Chaves entregou-se à biologia, à geologia, à geofísica, à sismologia, à vulcanologia, à meteorologia, à museologia e ao estudo da fauna e da flora dos Açores. Foi militar (chegou a coronel) e por isso estudou na Escola Politécnica, em Lisboa. E, em paralelo a tudo isto, desenvolveu uma intensa actividade como fotógrafo ao longo de, pelo menos, quase três décadas (entre 1901 e 1926, segundo o espólio que chegou até aos nossos dias).
Tudo resumido, estamos perante um dos mais importantes naturalistas portugueses do final do século XIX e início do século XX, um homem de talentos múltiplos, moderno e cosmopolita, e com uma voragem de saber renascentista. Nasceu em Lisboa em 1857, mas viveu quase toda a vida nos Açores. Viajante ávido (sobretudo Europa e África), privou com o rei D. Carlos e, especialmente, com o príncipe Alberto I do Mónaco, com quem partilhou o entusiasmo pela concretização de um serviço meteorológico internacional. Criou o Serviço Meteorológico dos Açores e foi fundador e director do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada. Correspondeu-se com (e foi amigo de) alguns dos mais importantes cientistas da época, alguns dos quais premiados com o Nobel. Através dos seus diários, sabe-se que procurava um museu sempre que chegava a um local diferente, estivesse em Paris ou no Cabo.