“As condições naturais estão em desfavor" do suspeito de Aguiar da Beira
A polícia acredita que é uma questão de tempo até encontrar o suspeito, por considerar que este ficará mais fragilizado nos próximos dias.
As operações de busca pelo suspeito dos crimes de Aguiar da Beira continuam durante a manhã desta segunda-feira. Nas buscas estão envolvidos elementos da Polícia Judiciária bem como elementos da GNR das zonas limítrofes, depois de Pedro Dias ter sido avistado este domingo por uma patrulha na zona de Vila Real.
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As operações de busca pelo suspeito dos crimes de Aguiar da Beira continuam durante a manhã desta segunda-feira. Nas buscas estão envolvidos elementos da Polícia Judiciária bem como elementos da GNR das zonas limítrofes, depois de Pedro Dias ter sido avistado este domingo por uma patrulha na zona de Vila Real.
“Há apoio de vários departamentos e temos todos os meios disponíveis desta região mobilizados”, detalha o coordenador da Polícia Judiciária da Guarda, José Monteiro, em declarações ao PÚBLICO.
A mesma fonte lembra que “este não é o primeiro nem o último criminoso que a polícia persegue” e sublinha que “é uma questão de tempo” até conseguir apanhar o suspeito. “Temos de dar tempo ao tempo e esperar pelo momento certo”, acredita José Monteiro.
"A situação do suspeito está cada vez mais fragilizada”, avalia o coordenador da PJ. “As condições naturais estão em desfavor do suspeito e a nosso favor”, uma vez que existe a possibilidade de Pedro Dias estar ferido e privado de cuidados básicos de higiene e com o acesso a alimentos dificultado, detalha o coordenador.
Por outro lado, a geografia da região pode ajudar o suspeito a manter-se desaparecido, numa zona onde são também comuns as casas abandonadas. A prioridade, reforça, é garantir a segurança da população, uma vez que o suspeito, classificado como sociopata, “já apresentou sinais de um elevado grau de perigosidade”.
“Numa situação de aperto, pode reagir sobre a população”, como já demonstrou em situações anteriores, lembra a PJ.
As autoridades reforçam o pedido dirigido às populações para que enviem “todas as informações que considerem valiosas” para o sucesso da operação.
Para já, as operações são para manter, mas ainda é incerto precisar por quanto tempo se irão prolongar, adianta o coordenador da PJ da Guarda.
Foi há uma semana que um militar e um civil foram assassinados a tiro em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade. Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.