Contas bancárias de canal televisivo russo bloqueadas no Reino Unido
O motivo que levou a decisão tomada contra o RT é ainda desconhecido. Rússia sugere que se trata de uma decisão do Governo britânico.
As contas britânicas do Russia Today (RT) foram suspensas, confirmou a directora canal de televisão russo, Margarita Simonyan. No Twitter, a responsável reagiu com um “longa vida à liberdade de expressão!”.
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As contas britânicas do Russia Today (RT) foram suspensas, confirmou a directora canal de televisão russo, Margarita Simonyan. No Twitter, a responsável reagiu com um “longa vida à liberdade de expressão!”.
O canal russo recebeu uma carta do banco comercial britânico NatWest, que informava ter “revisto as condições e chegado à conclusão de que não iria mais fornecer esses serviços” ao RT. Mais acrescentava que a decisão é final e que não está disponível para negociações.
Ainda não se conhecem as causas, mas de acordo com Simonyan esta parece ter sido uma decisão com origem no Governo britânico. Contactado pelo Guardian, fonte dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido disse estar a par da decisão, mas remeteram para o Ministério das Finanças.
Esta decisão acontece depois do encontro desde fim-de-semana entre responsáveis dos EUA e do Reino Unido, com os dois países a considerar aplicar sanções económicas a Moscovo pelos bombardeamentos russos em ataques aéreos em Alepo, na Síria.
A responsável pela comunicação do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, comentou o bloqueio através da sua conta no Facebook. “Parece que, à medida que sai da UE, Londres decidiu deixar para trás as suas obrigações em relação à liberdade da imprensa. Como eles dizem, é melhor começar uma nova vida sem os maus hábitos.”
O canal, financiado pelo Governo de Putin, apresenta-se como uma alternativa aos media ocidentais, sendo frequente tratar dos temas em destaque na actualidade com convidados que apoiam as decisões de Moscovo. O canal começou a transmitir no Reino Unido há cerca de dez anos e desde então já violou as regras da regulação dos meios de comunicação britânicos 14 vezes.