Militantes do Boko Haram terão sido libertados
Horas depois da libertação de 21 raparigas de Chibok, saíram em liberdade "vários comandantes" do grupo extremista nigeriano.
O grupo fundamentalista nigeriano Boko Haram libertou, na quinta-feira, 21 das 276 estudantes de liceu, conhecidas como raparigas de Chibok, que haviam sido raptadas há mais de dois anos. Um dia depois, surgem notícias que dão conta da libertação de vários militantes daquele grupo, fundado em 2001 por um salafista, Mohammed Yussuf, para impor a sharia (lei islâmica) – na língua haussa, Boko Haram quer dizer “A educação ocidental é pecado”.
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O grupo fundamentalista nigeriano Boko Haram libertou, na quinta-feira, 21 das 276 estudantes de liceu, conhecidas como raparigas de Chibok, que haviam sido raptadas há mais de dois anos. Um dia depois, surgem notícias que dão conta da libertação de vários militantes daquele grupo, fundado em 2001 por um salafista, Mohammed Yussuf, para impor a sharia (lei islâmica) – na língua haussa, Boko Haram quer dizer “A educação ocidental é pecado”.
A CNN cita uma fonte próxima às negociações entre o Governo da Nigéria e aquele grupo extremista que, desde 2010 – altura em que mudou de líder –, fez milhares de mortos, destruiu cidades e proíbe os jovens de frequentar a escola. Não foram avançados detalhes quanto à forma e ao conteúdo do acordo, sabendo-se apenas que as conversações com o grupo extremista foram mediadas pela Cruz Vermelha e pelo Governo suíço. Porém, segundo aquele canal TV norte-americano, um número indeterminado de “comandantes do Boko Haram” saiu em liberdade, como contrapartida pela libertação das referidas estudantes.
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A notícia parece contrariar as promessas do executivo nigeriano, cujo ministro da Informação, Alhaji Lai Mohammed, garantiu, como refere a CNN, que a libertação das raparigas de Chibok “não é uma troca” de prisioneiros, como aliás frisou outra fonte citada, mas não identificada, pelo mesmo canal de televisão, segundo a qual nenhum militante do Boko Haram iria ser libertado.
No último ano, diz um relatório da UNICEF divulgado em Abril, o número de crianças utilizadas em ataques suicidas pelo grupo islamista radical aumentou significativamente, com um em cada cinco destes ataques a ser levado a cabo por crianças, denuncia a UNICEF.