CEO do Wells Fargo não resiste a escândalo e demite-se
Decisão de John Stumpf surge depois da descoberta de um esquema através do qual os funcionários do banco abriram milhões de contas falsas sem o consentimento dos clientes.
John Stumpf, presidente executivo (CEO) do banco norte-americano Wells Fargo, apresentou a demissão na sequência da divulgação de um esquema de contas falsas que eram abertas, por parte dos funcionários da instituição, sem o consentimento dos clientes.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
John Stumpf, presidente executivo (CEO) do banco norte-americano Wells Fargo, apresentou a demissão na sequência da divulgação de um esquema de contas falsas que eram abertas, por parte dos funcionários da instituição, sem o consentimento dos clientes.
A decisão, comunicada pelo próprio banco, surge semanas depois de o Wells Bank ter tentado minimizar os estragos da divulgação do esquema, que durou pelo menos durante cinco anos, através do qual os funcionários abriram contas, sem permissão dos respectivos clientes, com o objectivo de cumprirem as metas estabelecidas pelo banco.
Depois de vários pedidos de desculpa, a administração do Wells Fargo avançou para o despedimento de mais de 5000 funcionários por “mau comportamento”, tornando também as normas internas mais rigorosas.
No entanto, e confirmado o escândalo pelos reguladores americanos, o banco teve de pagar uma multa de 185 milhões de dólares (quase 170 milhões de euros). A investigação concluiu ainda que tinham sido criadas, no total, 1,5 milhões de contas falsas e emitidos mais de 500 mil cartões de crédito sem autorização. Enquanto durou o inquérito o CEO agora demissionário foi proibido de receber salário. Stumpf será substituído pelo vice-presidente Timothy Sloan.