Samsung cresceu com o mercado a estagnar
Fabricante sul-coreana liderava o mercado mundial no segundo trimestre com uma fatia de 22%.
Num sector quase a estagnar, as vendas não estavam a correr mal para a Samsung, que ganhou há muito a liderança do mercado em termos de unidades vendidas, com uma panóplia de modelos para vários preços e tipos de consumidor.
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Num sector quase a estagnar, as vendas não estavam a correr mal para a Samsung, que ganhou há muito a liderança do mercado em termos de unidades vendidas, com uma panóplia de modelos para vários preços e tipos de consumidor.
No último trimestre, a fabricante sul-coreana conseguiu subir as vendas, ao passo que a Apple, que registou em 2016, pela primeira vez, uma quebra na venda de iPhones, viu a procura diminuir.
De acordo com informação da analista IDC, entre Maio e Junho a Samsung colocou no mercado 77 milhões de telemóveis, mais 5,5% do que nos mesmos meses de 2015. Conseguia assim uma quota de 22% do mercado mundial.
Já as vendas da Apple recuaram 15%, para os 40 milhões, que representam cerca de 12% do mercado. No entanto, a multinacional americana (que inventou o conceito de smartphone moderno) tem a tradição de apresentar novos iPhones em Setembro e muitos consumidores aguardavam ainda as novidades. A empresa acabou por revelar os modelos 7 e 7 Plus, que têm a missão de inverter a tendência de procura do produto que representa dois terços da facturação.
No total, o mercado de smartphones permaneceu praticamente inalterado face a 2015, com um aumento de apenas 0,3% nas unidades enviadas pelos fabricantes para o retalho. A estagnação reflecte a grande taxa de penetração dos smartphones em muitos países, incluindo em alguns mercados asiáticos (como é o caso da China) que foram nos anos recentes um motor importante de procura.
“O abrandamento geral do mercado chinês continua a impulsionar a concorrência noutros mercados de grande crescimento, como a Índia, Indonésia e Médio Oriente”, observou a IDC.
As grandes marcas chinesas continuam, no entanto, a crescer. A Huawey é a terceira que mais vendeu no trimestre passado, com uma subida de 8% e uma quota de mercado de 9%. Em quarto lugar surge a também chinesa Oppo, que opera sobretudo na Ásia e que disparou 137% para uma fatia de mercado de 7%.
No mês passado, a IDC voltou a cortar as previsões de crescimento do mercado, apontando para uma subida de 1,6% em 2016, abaixo dos 3,1% estimados anteriormente. “De um ponto de vista de tecnologia, a inovação nos smartphones parece estar num hiato, com os consumidores a estarem cada vez mais confortáveis com smartphones ‘bons que cheguem’”, observou no relatório o analista Jitesh Ubrani.