Baixo consumo de fruta entre as crianças portuguesas é bastante preocupante
O baixo consumo de fruta é uma realidade no nosso país que preocupa bastante os nutricionistas. Recentemente, foi publicado um estudo da APCOI sobre o consumo de fruta pelas crianças em idade escolar, cuja principal conclusão é que sete em cada 10 crianças portuguesas não ingerem este alimento na quantidade certa. Esta carência na alimentação dos mais jovens pode mesmo pôr em causa o seu desenvolvimento e crescimento.
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O baixo consumo de fruta é uma realidade no nosso país que preocupa bastante os nutricionistas. Recentemente, foi publicado um estudo da APCOI sobre o consumo de fruta pelas crianças em idade escolar, cuja principal conclusão é que sete em cada 10 crianças portuguesas não ingerem este alimento na quantidade certa. Esta carência na alimentação dos mais jovens pode mesmo pôr em causa o seu desenvolvimento e crescimento.
Actualmente, pode mesmo afirmar-se que esta é uma realidade que está a afectar todas as gerações. Estima-se que 1,7 milhões de mortes em todo o mundo possam ser atribuíveis ao baixo consumo de fruta e produtos hortícolas.
A ingestão adequada destes alimentos, tal como preconizado pela Roda dos Alimentos Mediterrânica e pela Pirâmide da Dieta Mediterrânica, pode conduzir à redução do risco de algumas doenças como, por exemplo, as cardiovasculares, o cancro do estômago e colon-retal, a obesidade e a diabetes, sobretudo, quando conjugada com uma alimentação saudável no seu todo.
Na verdade, o consumo adequado de frutas garante o aporte de nutrientes reguladores, tais como vitaminas, minerais, fibras alimentares e, ainda, compostos fenólicos, que apesar de não serem nutrientes são substâncias essenciais para a saúde.
Por todos estes motivos, devem ser feitos esforços para promover os benefícios do consumo diário de fruta e explorar diferentes formas de inclui-la na alimentação diária.
Como tal, recomendamos que este alimento seja introduzido em vários momentos do dia e de várias formas. Pode ser consumido com casca, fatiado, em doses de fruta, em sumo 100% ou como fruta desidratada, como entrada das refeições, ao almoço, ao jantar, como sobremesa ou em momentos associados ao consumo de alimentos de menor interesse nutricional.
Recomendamos ainda que seja privilegiada a fruta da época, que é mais rica do ponto de vista nutricional, e a que é produzida em Portugal, estando assim a contribuir para o crescimento da economia nacional e a valorizar o que de melhor é produzido no nosso país.
É neste contexto que a Associação Portuguesa dos Nutricionistas está a preparar materiais educativos, que serão divulgados brevemente, para reforçar a importância dos benefícios nutricionais da fruta e promover o aumento do seu consumo em Portugal.