Turquia ordena a detenção de 125 polícias
Turquia prossegue com detenções relacionadas com a tentativa de golpe de Estado de 15 de Julho. Ao mesmo tempo, o Parlamento turco vai a votos para alargar o período de estado de emergência.
Um procurador turco ordenou esta terça-feira a detenção de 125 polícias, no âmbito da investigação do movimento religioso que o Governo responsabiliza pelo golpe militar mal-sucedido, informa a agência de notícias estatal Anadolu.
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Um procurador turco ordenou esta terça-feira a detenção de 125 polícias, no âmbito da investigação do movimento religioso que o Governo responsabiliza pelo golpe militar mal-sucedido, informa a agência de notícias estatal Anadolu.
É a segunda ronda de detenções desde 7 de Outubro para identificar suspeitos entre as forças políciais, avança a agência privada de notícias Dogan nos seus sites. As autoridades conduziram raides em Istambul e entre os oficiais procurados estavam 30 chefes-adjuntos de polícia, diz a agência estatal.
No gabinete do procurador não estava ninguém disponível para comentar as detenções.
O Presidente Recep Tayyip Erdogan acusa o seu antigo aliado, o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, de planear a insurreição de 15 de Julho, que provocou a morte a 240 pessoas, principalmente civis que protestavam contra a tentativa de golpe.
Gulen, que reside na Pensilvânia, EUA, nega qualquer envolvimento. O procurador de Istambul disse que os oficiais eram suspeitos porque alegadamente teriam usado uma aplicação pouco conhecida de mensagens para smartphone chamada ByLock, informa a Dogan.
Os serviços secretos turcos identificaram pelo menos 56 mil operacionais depois de se ter infiltrado na app ByLock, que o grupo começou a usar em 2014, disseram oficiais em Agosto. O Governo está a usar decretos emitidos durante o estado de emergência para prender suspeitos do golpe e 32 mil estão já atrás das grades. Erdogan também demitiu ou suspendeu 100 mil pessoas dos serviços de segurança e função pública.
Esta terça-feira, o Parlamento votará para alargar o estado de emergência introduzido em Julho, por um período de mais três meses, até Janeiro.