MIT Portugal quer continuar após 2017, chegar a mais áreas e ter mais financiamento

Nos 10 anos do programa, o director espera que haja um reforço do orçamento.

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asm ADRIANO MIRANDA

O MIT Portugal, parceria entre universidades portuguesas e uma norte-americana, vai propor a sua continuidade após 2017, o alargamento a outras áreas e sectores como a indústria, e o reforço do financiamento, anunciou este domingo o seu director.

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O MIT Portugal, parceria entre universidades portuguesas e uma norte-americana, vai propor a sua continuidade após 2017, o alargamento a outras áreas e sectores como a indústria, e o reforço do financiamento, anunciou este domingo o seu director.

"Os planos para os próximos anos passarão, numa primeira fase, por propor ao Governo, à FCT [Fundação para a Ciência e Tecnologia] e ao CRUP [Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas], os nossos stakeholders, juntamente com o MIT [universidade norte-americana], a continuidade do programa, que termina em 2017", disse à agência Lusa Pedro Arezes.

O director nacional do MIT Portugal falava a propósito dos 10 anos do programa e defendeu ser "este o caminho mais coerente e necessário a um programa que acumulou um saber-fazer a que é importante dar continuidade". O programa, que já teve duas fases de cinco anos cada uma, abrange quatro áreas agora a ser repensadas, para analisar a possibilidade de alargar a novos domínios e de restringir alguns dos actuais.

Trata-se de um processo "mais ou menos longo de identificação de oportunidades e que tem em consideração a evolução da tecnologia mais recente, assim como das áreas da engenharia, e tentar ver com o MIT quais as que têm potencial", explicou Pedro Arezes.

Quanto ao financiamento pretendido, "neste momento, deveremos ter alguma ambição adicional e esperar que haja um reforço do orçamento relativamente à segunda fase do programa". "Obviamente, esta ambição não é só do ponto de vista financeiro, mas também devemos ser mais ambiciosos em termos de actividades e tentar chegar a áreas e a determinados sectores, eventualmente estender esta interacção à indústria, que não tinhamos contactado nas fases anteriores", continuou o responsável.

Nos primeiros cinco anos, o MIT Portugal teve um financiamento de 65 milhões de euros, valor que na segunda fase, até 2017, "passou para menos de um terço, para 20 milhões", o que levou à alteração de alguns dos planos previstos. "Mas depois de acertado o programa de acordo com essa redução, o seu desenvolvimento foi relativamente estável", referiu Pedro Arezes.

O director fez um balanço "claramente positivo" da década, lembrando que o resultado do investimento em ciência e investigação "não se vê no imediato". Mais de três mil alunos candidataram-se aos programas doutorais e de mestrado e cerca de mil registaram-se nas universidades parceiras, sob alçada do MIT Portugal.

"Os nossos programas continuam a ser atractivos e o número de candidatos cresceu, não só os nacionais, que conhecem cada vez mais o programa, mas também temos uma percentagem de candidatos internacionais muito razoável, que rondam quase os 50%", segundo Pedro Arezes.

Foram cerca de 85 as startups criadas à volta do programa que, no entanto, não está orientado para esta actividade e, destas, mais de 20 foram iniciativa de alunos e professores.

O MIT Portugal é uma parceria entre cinco universidades portuguesas - Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Coimbra, Universidade do Porto e Universidade do Minho -, empresas e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).