Polónia e Estónia "alarmadas" com mísseis nucleares em Kalininegrado

“É mais um passo no contexto geral de escalada que temos vindo a observar”, disse o Presidente estónio.

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O sistema de mísseis Iskander tem um raio de acção de 500 quilómetros AFP

A Polónia e a Estónia estão “alarmadas” com a confirmação, por parte de Moscovo, de que deslocou mísseis com capacidade nuclear Iskander para Kalininegrado — um enclave russo no Mar Báltico junto às fronteiras da NATO, entre a Polónia e a Lituânia.

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A Polónia e a Estónia estão “alarmadas” com a confirmação, por parte de Moscovo, de que deslocou mísseis com capacidade nuclear Iskander para Kalininegrado — um enclave russo no Mar Báltico junto às fronteiras da NATO, entre a Polónia e a Lituânia.

“É mais um passo no contexto geral de escalada que temos vindo a observar”, disse o Presidente estónio, Toomas Ilves, citado pelo Washington Post. O ministro polaco da Defesa, Antoni Macierewicz, disse que o seu país considera esta movimentação de armas “altamente preocupante”.

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A presença destes mísseis de curto alcance na fronteira da NATO — que têm um raio de alcance de 500 km, podendo atingir aos arredores de Berlim, por exemplo, — coincide com o agravar da tensão entre a Rússia e o Ocidente devido à guerra na Síria.

Moscovo tinha confirmado a presença dos mísseis explicando que a deslocação de meios na região é uma rotina destinada a melhorar a prestação militar. Um responsável do Ministério das Defesa disse que a deslocação dos Iskander não foi feita em segredo e que a operação foi seguida por um satélite de reconhecimento americano.

Um alto responsável militar estónio, o general Riho Terras, acusou a Rússia de querer dominar o Mar Báltico. “A Rússia pretende que o Báltico e as passagens que lhe dão acesso fiquem sob seu controle, tal como controla o Mar Negro”, acusou o general.

Kalininegrado é um ponto militar estratégico para a Rússia. É onde está estacionada a frota do Báltico e forças de combate em terra e no ar, assim como um poderoso sistema de radares.