PS insiste em Correia de Campos para presidir ao CES

PSD compromete-se a apoiar o candidato socialista na eleição que está marcada para a próxima semana

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Correia de Campos não conseguiu os votos necessários na primeira votação NFACTOS / FERNANDO VELUDO

O PS voltou a propor o nome de António Correia de Campos, antigo ministro socialista, para a presidência do Conselho Económico e Social (CES). A direcção da bancada do PSD mantém o compromisso de apoiar o candidato. A eleição está marcada para o próximo dia 14.

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O PS voltou a propor o nome de António Correia de Campos, antigo ministro socialista, para a presidência do Conselho Económico e Social (CES). A direcção da bancada do PSD mantém o compromisso de apoiar o candidato. A eleição está marcada para o próximo dia 14.

António Correia de Campos será de novo o candidato para substituir Luís Filipe Pereira à frente do CES, depois de ter falhado a eleição no passado mês de Julho. O antigo ministro da da Saúde do Governo de José Sócrates obteve 105 votos favoráveis entre os 221 deputados que votaram e precisava de 147 votos. As eleições para o CES, órgão consultivo, exigem uma votação de dois terços dos deputados, o que obriga a um entendimento entre PS e PSD.

O PÚBLICO contactou, na passada terça-feira, Correia de Campos, que não quis prestar declarações. 

Na última votação, que é secreta, o PSD também apoiou o nome de Correia de Campos, mas a eleição não se concretizou. Depois do anúncio dos resultados, o líder da bancada parlamentar socialista, Carlos César, reagiu de forma violenta contra os sociais-democratas. Há partidos que dão valor aos seus compromissos. Há pessoas que honram a sua promessa. Não foi o caso do PSD", afirmou, defendendo que seria “inverosímil” que Correia de Campos não tivesse o “apoio total” do PS, tendo em conta que é “uma personalidade icónica”.

Como o voto foi secreto, ninguém consegue apurar com precisão quem foram os responsáveis por faltarem 42 votos. As bancadas do PS e do PSD envolveram-se numa troca de acusações sobre a responsabilidade do chumbo. Naquela altura, algumas fontes ouvidas pelo PÚBLICO, há sociais-democratas que não se sentiram obrigados a votar em Correia de Campos depois de os socialistas terem quebrado a praxe parlamentar de eleger para presidente da Assembleia da República um candidato do partido mais votado nas legislativas. Com Liliana Valente