Obras no Pavilhão de Portugal em 2017

A Universidade de Lisboa quer fazer do edifício um "espaço de projecção da universidade, da ciência e da cultura".

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Um centro de congressos vai ser uma das novas falências do edifício, projectado por Siza Vieira Nelson Garrido

O reitor da Universidade de Lisboa tem a expectativa de que a obra de reabilitação do Pavilhão de Portugal possa ter início já em 2017. A ideia, explica, passa por transformar o Monumento de Interesse Público projectado por Siza Vieira num “espaço de projecção da universidade, da ciência e da cultura”.

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O reitor da Universidade de Lisboa tem a expectativa de que a obra de reabilitação do Pavilhão de Portugal possa ter início já em 2017. A ideia, explica, passa por transformar o Monumento de Interesse Público projectado por Siza Vieira num “espaço de projecção da universidade, da ciência e da cultura”.

“É um edifício icónico, que tem estado com utilizações menos dignas e adequadas”, constata António Cruz Serra, lembrando que ao longo do tempo foram vários os projectos que foram anunciados para o imóvel mas que não chegaram a concretizar-se. Em meados de 2015 o edifício, localizado no Parque das Nações, passou a integrar o património da Universidade de Lisboa.

“Estamos a trabalhar no projecto de reabilitação”, diz ao PÚBLICO o reitor. António Cruz Serra adianta que no local vai ser instalado “um centro de congressos” mas destaca que a sua ambição para o Pavilhão de Portugal vai muito além disso, pretendendo-se que ele se transforme num “espaço de projecção da universidade, da ciência e da cultura”.

Sem adiantar valores, o reitor admite que está em causa “um grande investimento”, dado que o edifício “precisa de uma requalificação muito profunda”. Segundo explica, os recursos para esta intervenção resultarão da “venda de património da Universidade”.

Questionado sobre que património será esse, António Cruz Serra explicitou que está em causa “um palácio muito bonito, ao lado do Hospital dos Capuchos”, onde no passado funcionou a reitoria de Universidade Técnica. Trata-se do Palácio Centeno, que fica na Alameda de Santo António dos Capuchos e cuja construção data do final do século XVII.

Outra obra que António Cruz Serra espera que possa iniciar-se em 2017 é a de reconversão da antiga gare de eléctricos do Arco do Cego num espaço académico designado por Técnico Learning Center. De acordo com o reitor, a direcção do Instituto Superior Técnico está a procurar uma solução para o financiamento da obra, que segundo foi anunciado na apresentação do projecto tem um custo estimado de 3,3 milhões de euros.