Presidente do BCP acredita no sucesso das negociações com a Fosun

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Nuno Amado, presidente do BCP MIGUEL MANSO

O presidente do BCP, Nuno Amado, está convencido que as negociações em curso com a Fosun tendo em vista a entrada do grupo chinês no capital do banco têm condições para chegar a bom porto. "Espero que sejam bem-sucedidas e não vejo razão para que não sejam bem-sucedidas. É um processo que está a decorrer", afirmou aos jornalistas o gestor, citado pela agência Bloomberg, à margem de um evento em Lisboa.

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O presidente do BCP, Nuno Amado, está convencido que as negociações em curso com a Fosun tendo em vista a entrada do grupo chinês no capital do banco têm condições para chegar a bom porto. "Espero que sejam bem-sucedidas e não vejo razão para que não sejam bem-sucedidas. É um processo que está a decorrer", afirmou aos jornalistas o gestor, citado pela agência Bloomberg, à margem de um evento em Lisboa.

Nuno Amado sublinhou que, em termos de capital, "há condições que estão a ser negociadas com um accionista de referência para que possa acontecer um reforço". E realçou: "O BCP fez um trabalho profundo na reestruturação e reorganização".

Na semana passada, numa comunicação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP assinalou a existência de "substanciais progressos" nas negociações com a Fosun com vista à entrada do grupo chinês no capital do banco.

O BCP disse ter constatado "a evolução favorável já registada quanto ao preenchimento das condições suspensivas a que o investimento proposto pela Fosun foi sujeito", apesar de admitir que permanecem ainda "condições por verificar, entre as quais as relativas às aprovações pelas entidades de supervisão bancária". E informou que "o Conselho [de Administração] decidiu mandatar a Comissão Executiva para prosseguir e finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun, e apresentar os respectivos resultados para aprovação em próxima reunião do Conselho de Administração".

A 30 de Julho passado, a empresa de investimento chinesa Fosun propôs ao BCP a realização de um aumento de capital social, exclusivamente reservado para si, que lhe daria uma posição de 16,7% do banco, admitindo vir a elevar esta posição para entre 20% e 30%.

Na ocasião, a Fosun mencionou várias condições para a realização do negócio, designadamente a aprovação pelo supervisor bancário da aquisição da participação qualificada, a clarificação por parte das autoridades competentes quanto à desnecessidade de contribuições especiais, um preço de subscrição não superior a dois cêntimos, a aprovação da cooptação de pelo menos dois administradores indicados pela Fosun e na data da realização do aumento de capital.
O BCP adiantou na altura que reconhecia o interesse estratégico da proposta, mas que tal não podia ser entendido como garantia de que a operação se realizaria.

O grupo Fosun detém em Portugal a seguradora Fidelidade e o grupo de prestação de cuidados de saúde Luz Saúde.