À medida que nos aproximamos da obra que ocupa a Galeria Oval, um site-specific da artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster, começamos a perceber que o espaço não é só encerrado por uma rede, por uma cobertura diáfana, mas também por portões que sugerem enclausuramento. Ao contrário do que esteve anunciado, a artista não está presente na visita ao edifício para explicar Pynchon Park, que lá dentro mostra um recinto que apela ao lazer, com bolas e colchões coloridos para relaxar e brincar.
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À medida que nos aproximamos da obra que ocupa a Galeria Oval, um site-specific da artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster, começamos a perceber que o espaço não é só encerrado por uma rede, por uma cobertura diáfana, mas também por portões que sugerem enclausuramento. Ao contrário do que esteve anunciado, a artista não está presente na visita ao edifício para explicar Pynchon Park, que lá dentro mostra um recinto que apela ao lazer, com bolas e colchões coloridos para relaxar e brincar.
O director do museu, Pedro Gadanho, avisa que quem entrar só pode sair sete minutos depois: “É um parque temático baseado no escritor Thomas Pynchon, onde as pessoas começam por ser actores para os que chegam depois. É um espaço lúdico que lança também uma reflexão crítica sobre o modo e o entendimento como reunimos as pessoas.”
Ainda corremos para apanhar Dominique Gonzalez-Foerster à entrada da viagem de barco reservada aos jornalistas estrangeiros, marcada para a tarde desta segunda-feira. Ela, que tinha estado indisposta de manhã, aceita responder a uma só pergunta. Tentámos saber porque juntou no trabalho “prazer” e “opressão”, sentimentos opostos? Não temos sorte, Dominique Gonzalez-Foerster sente-se muito cansada e um pouco “oprimida”, disse, com a pergunta.