Passos acusa Governo de construir uma "sociedade mais pobre e mais injusta"
Para o líder do PSD, o novo imposto sobre imobiliário é um exemplo de que o executivo quer que "todos tenham pouquinho".
O líder do PSD, Passos Coelho, afirmou este domingo em Pombal, distrito de Leiria, que o Governo e os partidos que o apoiam querem construir uma sociedade "mais pobre e mais injusta", onde todos "tenham pouquinho".
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O líder do PSD, Passos Coelho, afirmou este domingo em Pombal, distrito de Leiria, que o Governo e os partidos que o apoiam querem construir uma sociedade "mais pobre e mais injusta", onde todos "tenham pouquinho".
Fazendo referência à proposta de novo imposto para proprietários com património avaliado acima dos 500 mil euros, o presidente dos sociais democratas considerou que o Governo pretende construir uma sociedade em que todos tenham "pouquinho".
“Se poupar um bocadinho não tem mal. Agora, se acumularem mais, aí cuidado. Cuidado porque eles acham mesmo que quem acumula e quem poupa é mau", realçou Passos Coelho, fazendo uma espécie de alerta de que "quem tem muito", com este Governo, "não pode estar cá".
Quem tenha muito e "estiver cá, vai-se arrepender", sublinhou, referindo que o executivo socialista considera, com este tipo de proposta, que vai "prometer uma sociedade mais justa".
No entanto, para o presidente do PSD, o que o Governo está a propor é "uma sociedade mais pobre e mais injusta", frisou Passos Coelho, que falava durante uma festa promovida pela concelhia local dos sociais democratas, que se realizou em Carnide, município de Pombal. "O que queremos é acabar com a pobreza, não é acabar com a riqueza", defendeu.
Num discurso centrado nas críticas ao actual Governo, Passos Coelho considerou que o executivo vive "numa mentira pegada". "O Governo diz que acabou a austeridade, mas não há uma semana em que não vêm notícias a dizer que não há dinheiro. Agora, parece que não vai haver dinheiro para a saúde até ao final do ano", notou.
De acordo com o ex-primeiro-ministro, os actuais governantes "preferem fazer a triste figura de dizer que acabou a austeridade" do que confessar "a triste figura que fizeram durante quatro anos" em que defendiam que "o mundo ia ser melhor" desde que o PSD não estivesse a governar.
"Vivemos num faz de conta, mas pelo menos temos um primeiro-ministro bem disposto e que gosta de graçolas", constatou Passos Coelho, referindo que até lhe daria "vontade de rir, se isto não fosse a sério".
"É por isso que tenho esta carantonha. Há quem olhe e diga: ‘Assim parece que o tipo está sempre chateado. Não sabe pôr uma cara alegre'. É assim. Não consigo. Fico preocupado", justificou Passos Coelho perante uma plateia composta por umas centenas de apoiantes, a maioria de Carnide - freguesia onde o PSD registou mais de 70% dos votos nas últimas autárquicas.