Professor falsificou documentos para conseguir dar aulas
Polícia Judiciária estava há um ano a investigar o caso
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal anunciou nesta sexta-feira que constituiu arguido um homem de 35 anos, suspeito de falsificação de documentos para melhorar as notas da licenciatura e conseguir os lugares de docência que pretendia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal anunciou nesta sexta-feira que constituiu arguido um homem de 35 anos, suspeito de falsificação de documentos para melhorar as notas da licenciatura e conseguir os lugares de docência que pretendia.
Segundo um comunicado da PJ, as competências académicas e a experiência profissional que constava dos documentos falsificados pelo arguido permitiram-lhe obter um lugar como professor "numa escola da zona de Setúbal, ultrapassando milhares de candidatos".
A polícia adiantou que aquele professor, licenciado em Informática, sabia que a classificação final que tinha obtido, de 11 valores, era insuficiente para obtenção dos lugares que pretendia, pelo que "falsificou declarações comprovativas de melhoria de nota, no âmbito da sua licenciatura e um certificado de habilitações do grau de mestre em Engenharia Informática, em qualquer dos casos com elevada classificação final".
Para dar credibilidade aos documentos forjados, o arguido terá recorrido a "assinaturas digitalizadas retiradas de documentos verdadeiros e a cunhos de selos brancos, igualmente falsos, encomendados numa tipografia da margem sul do Tejo, desconhecedora da realidade".
De acordo com a PJ, o arguido terá ainda falsificado as datas e os códigos de um comprovativo de acções de formação que leccionou, durante três anos, num Centro de Emprego, que comprovavam uma experiência profissional mais alargada, mas que também não correspondia à realidade.
Na sequência da investigação iniciada pela PJ em Novembro de 2015, o presumível falsário deverá responder pelos crimes de burla e falsificação de documentos.