Polícia Marítima resgatou mais de 890 bebés e crianças num ano no Mar Egeu
Equipas estacionadas na ilha grega de Lesbos participaram em mais de 90 operações de busca e salvaram mais de 3600 pessoas entre no mar entre a Grécia a Turquia.
Uma nova missão está prevista para Maio de 2017 mas por agora a Polícia Marítima (PM) portuguesa dá por terminada a sua presença na operação Poseidon da agência Frontex. A missão nasceu para apoiar a Grécia no controlo das fronteiras marítimas e impedir a entrada de refugiados e migrantes na Europa. Mas como disse há uns meses o subchefe Pacheco Antunes, que chefiou a primeira equipa desta polícia na ilha de Lesbos, "passou a ser mais uma missão de salvamento", face à frequência dos naufrágios e aos riscos da travessia por mar a partir da Turquia.
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Uma nova missão está prevista para Maio de 2017 mas por agora a Polícia Marítima (PM) portuguesa dá por terminada a sua presença na operação Poseidon da agência Frontex. A missão nasceu para apoiar a Grécia no controlo das fronteiras marítimas e impedir a entrada de refugiados e migrantes na Europa. Mas como disse há uns meses o subchefe Pacheco Antunes, que chefiou a primeira equipa desta polícia na ilha de Lesbos, "passou a ser mais uma missão de salvamento", face à frequência dos naufrágios e aos riscos da travessia por mar a partir da Turquia.
Ao longo dos 12 meses em que estiveram na Grécia, e até esta quinta-feira, as equipas da Polícia Marítima resgataram em segurança 3674 migrantes, que transportaram para terra. Entre estas pessoas, entregues às autoridades da Grécia, 894 bebés e crianças, que corriam risco de vida, foram salvas.
Num balanço feito até dia 28 de Setembro, a pedido do PÚBLICO, a Polícia Marítima diz ainda que, no âmbito do combate ao crime transfronteiriço, deteve cinco facilitadores – que transportam os migrantes da Turquia para a Grécia em frágeis embarcações, a troco de dinheiro. Entre esses agentes detidos, estavam sírios e turcos.
No total das mais de 90 operações de busca e salvamento realizadas, mais de 10 mil migrantes receberam qualquer tipo de apoio desta força portuguesa. Cinco pessoas foram recuperadas sem vida. Com um oficial de ligação da Guarda Costeira da Grécia, os elementos da polícia portuguesa tinham como missão percorrer as águas no estreito de cinco ou seis milhas entre a Grécia e a Turquia, até à linha que separa as águas territoriais dos dois países.
Também prevista para acabar esta sexta-feira, mas prolongada até Dezembro, foi a missão da GNR, iniciada a 1 de Abril nas ilhas de Chios e Kos. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informa que os seus últimos elementos na Grécia, têm saída agendada para 23 de Dezembro, tendo participado, "desde há vários anos, de acordo com as necessidades manifestadas pela Frontex, nas operações relacionadas com a crise do Mediterrâneo (...) com funções, entre outras, no apoio à identificação e registo de migrantes".