Rhythm’n’blues no máximo: os Pretty Things chegam a Portugal

A banda que nos anos 1960 ultrapassou os Rolling Stones na ferocidade em palco, a banda que antecipou o célebre Tommy, dos The Who, toca no Porto a 15 de Novembro.

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Os Pretty Things mantêm-se activos em palco e no estúdio, tendo editado em 2015 o seu álbum mais recente DR

Os Pretty Things podem ser, e são, várias coisas. Depende da perspectiva que escolhermos. Podem ser os autores de S.F. Sorrow, álbum conceptual que, um ano antes, antecipa em temática e estrutura o célebre Tommy dos The Who. Podem ser a banda de Dick Taylor, guitarrista tornado baixista na primeira encarnação dos Rolling Stones, que abandonaria para se juntar ao vocalista Phil May. Podem ser a mais eléctrica banda da cena rhythm’n’blues britânica que serviu de base a todo o garage por vir, admirada por uma série de luminárias, dos amigos Mick Jagger, Robert Plant ou Jimmy Page a Joey Ramone, que tinha pedestal erguido a Phil May, passando pelos fãs Van Morrison ou David Bowie, que escolheu duas canções da banda para o seu álbum de versões Pin Ups. Os Pretty Things podem ser, e são, tudo isso, como poderemos comprovar no próximo dia 15 de Novembro, no Cave 45, no Porto.

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Os Pretty Things podem ser, e são, várias coisas. Depende da perspectiva que escolhermos. Podem ser os autores de S.F. Sorrow, álbum conceptual que, um ano antes, antecipa em temática e estrutura o célebre Tommy dos The Who. Podem ser a banda de Dick Taylor, guitarrista tornado baixista na primeira encarnação dos Rolling Stones, que abandonaria para se juntar ao vocalista Phil May. Podem ser a mais eléctrica banda da cena rhythm’n’blues britânica que serviu de base a todo o garage por vir, admirada por uma série de luminárias, dos amigos Mick Jagger, Robert Plant ou Jimmy Page a Joey Ramone, que tinha pedestal erguido a Phil May, passando pelos fãs Van Morrison ou David Bowie, que escolheu duas canções da banda para o seu álbum de versões Pin Ups. Os Pretty Things podem ser, e são, tudo isso, como poderemos comprovar no próximo dia 15 de Novembro, no Cave 45, no Porto.

Estreiam-se em Portugal para um concerto único, cinco décadas depois de incendiarem clubes ingleses com a ferocidade do seu rock’n’roll. Momento histórico, até porque a banda se mantém verdadeiramente activa. Ainda liderada por Dick Taylor e Phil May, a que se juntam um velho co-conspirador e sangue novo de músicos ainda por nascer quando a banda deu os primeiros passos, os Pretty Things continuam em palco, como sempre, e continuam a procurar o estúdio em busca de novas aventuras sónicas. Da última vez que o fizeram, nasceu The Sweet Pretty Things (Are in Bed Now, Of Course…). Editado em 2015, olha em frente (venham novos originais) e reenquadra o passado (apresente-se uma versão dos The Seeds, outra dos Byrds).

Foram banda de culto ouvida e muito apreciada pelos gigantes e passada de mão em mão pelos que lhes viram os concertos e propagaram a lenda. Banda de culto continuam, pisando os palcos de pequenos clubes mundo fora como há 50 anos. Em Novembro, no Porto, chegará a nossa vez. A primeira parte será assegurada por bons descendentes dos The Pretty Things, os portuenses Japanese Girl, que se estrearam em longa duração no ano passado, com a edição de Sonic Shaped Life.