Iminente, um festival-exposição com curadoria de Vhils
Até domingo, o Jardim Municipal de Oeiras espera milhares de visitantes. Festival junta natureza, música e arte urbana
O Festival Iminente, que decorre até domingo no Jardim Municipal de Oeiras, vai cumprir a sua primeira edição e tem já lotação esgotada. São esperados milhares de visitantes, num ambiente que alia natureza, música e arte urbana. Com curadoria de Vhils e Underdogs e produção da UAU, a iniciativa é da Câmara de Oeiras e promete um alinhamento inovador de artistas plásticos e de música portuguesa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Festival Iminente, que decorre até domingo no Jardim Municipal de Oeiras, vai cumprir a sua primeira edição e tem já lotação esgotada. São esperados milhares de visitantes, num ambiente que alia natureza, música e arte urbana. Com curadoria de Vhils e Underdogs e produção da UAU, a iniciativa é da Câmara de Oeiras e promete um alinhamento inovador de artistas plásticos e de música portuguesa.
"Queremos que seja uma celebração da arte urbana na Grande Lisboa e uma oportunidade para muitos artistas poderem mostrar os seus trabalhos num espaço de grande dimensão e expandirem-se", disse Alexandre Farto, conhecido por Vhils, aos jornalistas, numa visita ao recinto onde vai decorrer o Festival Iminente. Vhils apresentou também os seus trabalhos que estarão expostos, como uma estrutura de cubos metálicos com várias imagens, uma outra escultura em cimento de 2,5 toneladas e uma parede com a técnica que mais o caracteriza e que será oferecida à Câmara de Oeiras.
Com capacidade para cinco mil pessoas, o Jardim de Oeiras vai transformar-se num jardim de arte urbana. À entrada, os visitantes terão a "feira de restauração" e a partir daí passam para o espaço de exposição de arte, com um contentor pintado por 12 jovens, um insuflável para crianças, uma peça em azulejo colocada numa das árvores e uma outra escultura de três metros. Passando a piscina, onde estará exposta a obra de um artista alemão feita a partir de peças recuperadas, os visitantes poderão surpreender-se com a Estufa Fria, agora transformada numa floresta de animais de tamanho quase real, feitos em arame, envolvidos em tule e, à noite, iluminados em luz negra, conferindo um ambiente misterioso, da autoria de David Oliveira.
À saída da estufa, os visitantes poderão ter oportunidade de se consultarem com uma especialista em ler a sina. Mais adiante, uma carruagem antiga do Metropolitano foi disponibilizada aos artistas para ser transformada com graffitis ao estilo "old school". Um eucalipto cortado a representar a "Natureza Humana", de Mar, e um Pelicano colocado na ribeira do Jardim, serão outras das obras que podem ser vistas.
Ao todo, serão 16 artistas de arte urbana que se irão juntar aos artistas musicas que vão completar o festival. Paus, Linda Martini, Batida DJ Set, DJ Ride, Bbg Parkbeat, DJ Glue e Thunder & Co vão actuar no na sexta-feira. No sábado, segue-se Chullage, Halloween, Orelha Negra DJ Set, Keso, DJ Firmeza, DJ Marfox e Francis Dale. Para encerrar o festival, no domingo, sobem ao palco Ana Moura, Isaura, Dead Combo, Slow J, Sam The Kid + DJ Big, DJ Set e Kalaf.
A Câmara de Oeiras, que investiu 125 mil euros na realização do festival, está confiante no sucesso e já pensa em futuras edições. "É um investimento baixo para a qualidade dos artistas que aqui estão. É um privilégio para Oeiras ter estes artistas aqui e com certeza que esta edição vai ser um sucesso e que queremos repetir. Que seja a primeira de muitas edições", afirmou o presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas. Os bilhetes têm um custo de dois euros por dia, sendo que um euro será revertido para instituições do concelho de Oeiras ainda não definidas.