Ryoji Ikeda e Zebra Katz na festa de inauguração do novo MAAT

Artistas que exploram o universo da música e da arte visual, como Ryoji Ikeda, Zebra Katz ou Nástio Mosquito, e portugueses como Pedro Carneiro, actuam a 5 de Outubro na inauguração do novo edifício do MAAT em Lisboa. Serão 12 horas de eventos com entrada gratuita.

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Já falta pouco. A 5 de Outubro, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, abre ao público parte do novo edifício, desenhado pela arquitecta inglesa Amanda Levete. Já se sabia que iriam ser inauguradas três exposições: Psynchon Park, obra imaginada pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster para a sala principal do novo espaço, a Galeria Oval, na qual os visitantes se tornam parte da própria obra de arte; The World of Charles and Ray Eames, que percorre a vida e obra da influente dupla de designers na Central 1 e também A Forma da Forma, uma das exposições da 4.ª Trienal de Arquitectura de LIsboa, que começa nesse mesmo dia na Praça.

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Já falta pouco. A 5 de Outubro, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, abre ao público parte do novo edifício, desenhado pela arquitecta inglesa Amanda Levete. Já se sabia que iriam ser inauguradas três exposições: Psynchon Park, obra imaginada pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster para a sala principal do novo espaço, a Galeria Oval, na qual os visitantes se tornam parte da própria obra de arte; The World of Charles and Ray Eames, que percorre a vida e obra da influente dupla de designers na Central 1 e também A Forma da Forma, uma das exposições da 4.ª Trienal de Arquitectura de LIsboa, que começa nesse mesmo dia na Praça.

Também já se sabia que no mesmo dia iriam decorrer vários espectáculos, performances, concertos e visitas guiadas, com entrada gratuita. Mas ainda não havia nomes. Agora já se conhecem algumas das figuras que irão evoluir nesse dia no novo espaço e também na adjacente Central Tejo, numa programação de doze horas que tem início ao meio-dia para tudo terminar pela meia-noite. A portuguesa Joana Seguro, sediada em Berlim, uma produtora independente e curadora que tem operado na área da música electrónica e das novas tecnologias, foi a responsável por parte significativa da programação desse dia e revelou ao PÚBLICO alguns dos nomes que estarão presentes em Lisboa nessa data.

O compositor, artista sónico e visual Ryoji Ikeda, que ganhou reputação internacional pela forma como combina som e imagem, vem apresentar o espectáculo audiovisual Supercodex. Trata-se de uma experiência imersiva aquela que foi arquitectada pelo japonês, feita de sons digitalizados, graves profundos, elementos de tecno e modelos matemáticos que originam uma combinação exploratória de música e elementos visuais.

Entre a performance e o rap apresenta-se o nova-iorquino Zebra Katz para um concerto audiovisual. Dono de uma voz inquietante que coloca ao serviço de sonoridades minimalistas e sombrias, algures entre o hip-hop mais alternativo e uma electrónica felina e esquálida. Há dois anos, em conversa com ele, dizia-nos que hip-hop, soul, jazz, Nina Simone, Lauryn Hill, Frank Ocean ou Björk estavam entre as suas referências.

O luso-angolano Nástio Mosquito, que por estes dias lança o álbum Gatuno Eimigrante & Pai de Família e inaugura uma presença artística no MoMA de Nova Iorque, virá apresentar a performance Respectable Thief, enquanto Fátima al Qadiri, a produtora e DJ que cresceu no Kuwait sediada em Nova Iorque, estará presente para uma sessão DJ onde se deverão ouvir algumas das sonoridades electrónicas apocalípticas do álbum Brute.

“Todos estes nomes vão actuar na zona principal, a sala de projectos, que é magnífica”, assegura Joana Seguro. “Eles exploram os dois mundos, o da arte visual e da música, ao mesmo tempo que pesquisam a tecnologia de maneira muito fluída e esse foi um dos argumentos para a sua escolha.”

Na Central Tejo, mais exactamente na sala dos Geradores, actuarão uma série de músicos portugueses provenientes de diversas famílias estéticas. O DJ e produtor Nigga Fox, acoplado à editora Princípe Discos, tratará de mostrar alguma da mais estimulante e dançante música afro-portuguesa que se vai fazendo na grande Lisboa, enquanto Von Calhau exporá certamente qualquer coisa de exploratório e o percussionista Pedro Carneiro, com o seu colectivo, interpretam Timber de Michael Gordon.

“A ideia é começarmos pela tarde, com coisas de âmbito mais experimental, e terminarmos com algo mais popular pela noite”, elucida Joana Seguro. Para o parque da Central Tejo está ainda prevista a actuação de uma personalidade do fado que falta confirmar.