Encontrei um animal perdido: o que devo fazer?
Animais perdidos são mais frequentes do que os abandonados e os incêndios contribuem para isso. Conquistar a simpatia do animal e perceber se está ferido é a primeira coisa que devemos fazer
Vemos um animal sozinho na rua e o que fazemos? Para muita gente, provavelmente, o primeiro pensamento é de que se trata de mais um animal abandonado — e pode ser —, ou que se calhar está perdido. Animais perdidos são mais frequentes do que se pensa; aliás, verificamos mesmo serem mais comuns do que animais abandonados. Os incêndios têm contribuído para esse aumento e devemos estar alerta e saber o que fazer quando nos deparamos com um animal perdido.
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Vemos um animal sozinho na rua e o que fazemos? Para muita gente, provavelmente, o primeiro pensamento é de que se trata de mais um animal abandonado — e pode ser —, ou que se calhar está perdido. Animais perdidos são mais frequentes do que se pensa; aliás, verificamos mesmo serem mais comuns do que animais abandonados. Os incêndios têm contribuído para esse aumento e devemos estar alerta e saber o que fazer quando nos deparamos com um animal perdido.
Em primeiro lugar é importante conquistar a simpatia do animal e perceber se está ferido. É fundamental garantir que não assustamos o animal e que é criado um ambiente seguro, para que ninguém se magoe. Depois, verificar se existe alguma chapa de identificação, coleira ou algum objecto identificativo. Caso contrário devemos levá-lo à clínica veterinária mais próxima porque existem procedimentos médicos para este tipo de situações que facilitam e aceleram a identificação do animal. Ainda assim pode não ser possível identificá-lo, uma vez que nem todos os animais domésticos são devidamente identificados.
O passo seguinte é utilizar as plataformas online para ajudar a encontrar o dono do animal. Existem meios que os médicos veterinários podem utilizar para anunciar estes casos, como as plataformas SIRA (Sistema de Identificação e Recuperação Animal) e SICAFE (Sistema de Identificação e Registo de Caninos e Felinos da Direção Geral de Veterinária).
Até que o dono seja encontrado, o animal deve ser entregue a um canil municipal, que ficará responsável pelo mesmo. Os canis municipais têm o difícil papel de conseguir dar resposta aos inúmeros casos que lhes aparecem, o que nem sempre é fácil, mas existem associações que ajudam os canis sempre que possível. Os canis estão cada vez mais humanizados e deve sempre ser considerada esta opção, com a segurança de que o animal ficará bem entregue. No caso de a pessoa que encontra o animal se sentir na obrigação de acompanhar o processo ou até adoptá-lo, basta seguir os procedimentos usuais nestas situações.
A problemática dos animais perdidos dificilmente deixará de ser uma realidade, mas existem formas de evitar que estas situações aconteçam. A educação e a segurança são dois pilares essenciais. Devemos educar o nosso animal para que ele não tenha o instinto de sair e fugir. A educação deve ser sempre com base na positividade e nunca se deve incutir ou deixar que ele sinta medo. Cumprir todas as normas de segurança também é importante, assim como a utilização de "microchips".
Para quem não sabe por onde começar e precisa de ajuda, é possível recorrer a formações específicas. Existem escolas e clínicas, de fácil acessibilidade, que proporcionam este tipo de serviços com treinos adequados para os animais e que também incluem uma formação para os donos. É importante criar laços fortes e estabilidade para que o animal se sinta seguro e nunca se perca.