Os filtros de cigarros, vulgarmente conhecidos como beatas, são um dos itens de lixo marinho encontrados em maiores quantidades nas praias do planeta e a zona costeira portuguesa não foge à regra. São milhões de beatas que todos os anos são deixadas nas praias portuguesas, que contaminam as areias e são um perigo para a saúde pública.
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Os filtros de cigarros, vulgarmente conhecidos como beatas, são um dos itens de lixo marinho encontrados em maiores quantidades nas praias do planeta e a zona costeira portuguesa não foge à regra. São milhões de beatas que todos os anos são deixadas nas praias portuguesas, que contaminam as areias e são um perigo para a saúde pública.
“É um acto muito grave. É um elemento altamente contaminado. O filtro do tabaco está cheio de metais pesados, alcatrão e compostos cancerígenos que ficam retidos no filtro. Contaminam a areia e são um perigo para as pessoas que entram em contacto com este lixo”, explica Paula Sobral.
As autarquias gastam milhões de euros para limpar as praias, mas na verdade, “por mais que pareça, ela não está limpa porque as máquinas não retiram as beatas enterradas”, explica a bióloga. Questionada sobre o que diria a quem tem por hábito deixar as betas na areia das praias, Paula Sobral tem resposta pronta: “Não me apetece dizer nada, só me apetece fazer algo de menos polido.” O filtro de cigarro demora entre um e cinco anos a degradar-se.