Médica garante que Hillary Clinton está de boa saúde
A candidata democrata está a "recuperar bem" da pneumonia que lhe foi diagnosticada. Trump continua com dificuldade em atrair o eleitorado negro.
A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, está de boa saúde e continua “em forma para servir como Presidente dos Estados Unidos”, afirmou a sua médica pessoal, numa carta. O objectivo é pôr fim à controvérsia em torno do estado de saúde da candidata, depois de lhe ter sido diagnosticada uma pneumonia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, está de boa saúde e continua “em forma para servir como Presidente dos Estados Unidos”, afirmou a sua médica pessoal, numa carta. O objectivo é pôr fim à controvérsia em torno do estado de saúde da candidata, depois de lhe ter sido diagnosticada uma pneumonia.
Foi durante as cerimónias de homenagem às vítimas do atentado contra as Torres Gémeas, a 11 de Setembro, que Hillary Clinton foi vista a dar sinais de cansaço, chegando mesmo a ter de abandonar o local mais cedo. A candidata sofreu um episódio de desidratação causada pelo calor e pelos medicamentos que tomava para tratar uma pneumonia.
“Examinei-a imediatamente assim que chegou a casa: ela estava a ser reidratada e a recuperar bem”, garante Lisa Bardack, chefe do departamento de medicina interna no hospital CareMount, em Nova Iorque, numa carta publicada na noite de quarta-feira pela campanha de Clinton.
Desde então, Clinton “foi avaliada por mim várias vezes e continua a melhorar”, acrescenta Bardack. A ex-secretária de Estado tinha sido diagnosticada a 9 de Setembro com uma “pneumonia ligeira não contagiosa” que se tinha desenvolvido na semana anterior depois de ter mostrado sinais de “febre baixa, congestionamento e cansaço”. Foi tratada com Levaquin, um antibiótico para a pneumonia.
Para além da pneumonia, os únicos problemas clínicos revelados por Clinton foram uma sinusite e uma infecção no ouvido, ambos tratados em Janeiro.
Para além do antibiótico para a pneumonia, a candidata de 68 anos toma medicação para a tiróide — Clinton tem sido tratada ao hipotiroidismo há alguns anos —, um anticoagulante, um anti-histamínico e vitaminas B12. As análises ao sangue e aos sinais vitais apresentaram valores normais e a sua condição mental é “excelente”, acrescenta a médica.
Desde o episódio do mal-estar durante a cerimónia de 11 de Setembro que o estado de saúde de Clinton se tornou num dos temas de campanha. O candidato republicano, Donald Trump, disse num comício esta semana que duvidava que Clinton tivesse capacidade para participar num evento como aquele.
“Acham que Hillary iria conseguir estar aqui em pé durante uma hora e fazer isto? Eu não acho, eu não acho”, disse Trump enquanto se dirigia aos seus apoiantes em Canton, no Ohio. O magnata decidiu divulgar a sua condição clínica durante um talk-show televisivo que será emitido esta quinta-feira — uma decisão considerada “pouco séria” por parte da campanha de Clinton.
Trump interrompido em igreja
A tentativa de Donald Trump para travar a sua impopularidade junto do eleitorado negro parece estar a piorar ainda mais o estatuto do candidato republicano. As sondagens mostram uma recusa quase universal dos negros em votar em Trump, com o candidato republicano raramente a conseguir superar os 5% das intenções de voto.
Trump foi agora interrompido por uma pastora numa igreja metodista, maioritariamente frequentada por negros em Flint, no Michigan, numa altura em que se preparava para atacar a sua adversária. O magnata começou a falar das dificuldades económicas da região mas depressa se virou para Clinton.
“Hillary falhou na economia, tal como falhou na política externa. Tudo aquilo em que tocou não funcionou. Nada”, dizia Trump antes de ser interrompido por Faith Timmons, para lhe lembrar que não foi convidado para fazer um discurso político. Num comunicado divulgado durante o evento, a pastora declarou que o convite a Trump “não representa de forma alguma um apoio à sua candidatura”.
Há cerca de duas semanas, Trump participou numa missa numa outra igreja da comunidade negra, em Detroit, mas foi recebido por um protesto com cerca de 200 pessoas.