Revisitar na Síria a quimera da paz
Há precisamente sete meses, a 12 de Fevereiro, John Kerry veio anunciar ao mundo uma boa nova: haveria cessar-fogo na Síria no espaço de uma semana. O anúncio foi feito em Munique, e Kerry surgiu ao lado de Serguei Lavrov, o seu homólogo russo. É penoso recordar o que se seguiu. Nessa altura ninguém acreditava no cessar-fogo, por várias razões: os que o desejavam, achavam que ele seria violado; e os que diziam “sim” preparavam-se para disparar antes que outros o fizessem. Agora, a promessa voltou. E, de novo, voltou a desconfiança. Porque o acordo não abrange todas as facções rebeldes (haverá sempre quem dispare), permite excepções e não prevê consequências para os eventuais (e mais que certos) prevaricadores. Ou seja, estamos de novo à mercê de boas vontades e de um milagre quase impossível de concretizar. Mesmo assim, avançou a ajuda humanitária para socorrer as vítimas da guerra por entre escombros. Haverá fim?
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Há precisamente sete meses, a 12 de Fevereiro, John Kerry veio anunciar ao mundo uma boa nova: haveria cessar-fogo na Síria no espaço de uma semana. O anúncio foi feito em Munique, e Kerry surgiu ao lado de Serguei Lavrov, o seu homólogo russo. É penoso recordar o que se seguiu. Nessa altura ninguém acreditava no cessar-fogo, por várias razões: os que o desejavam, achavam que ele seria violado; e os que diziam “sim” preparavam-se para disparar antes que outros o fizessem. Agora, a promessa voltou. E, de novo, voltou a desconfiança. Porque o acordo não abrange todas as facções rebeldes (haverá sempre quem dispare), permite excepções e não prevê consequências para os eventuais (e mais que certos) prevaricadores. Ou seja, estamos de novo à mercê de boas vontades e de um milagre quase impossível de concretizar. Mesmo assim, avançou a ajuda humanitária para socorrer as vítimas da guerra por entre escombros. Haverá fim?