Recuperação dos Clérigos recebe prémio Vasco Vilalva da Gulbenkian

Restauro da Igreja e Torre portuenses foi distinguido pela fundação, que atribuiu menção honrosa às novas instalações da Sede da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos.

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NELSON GARRIDO

O restauro e recuperação da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, é o vencedor do Prémio Vasco Vilalva, no valor de 50 mil euros. Atribuído anualmente pela Fundação Calouste Gulbenkian a projectos de intervenção no património, distinguiu este ano a intervenção que assinalou os 250 anos da construção da emblemática torre portuense, há mais de cem anos classificada como monumento nacional.

Como informou a Gulbenkian em comunicado esta terça-feira, a nona edição do prémio é atribuída a uma obra de grande visibilidade e que custou três milhões de euros, operação co-financiada pelo Programa Operacional Regional ON2 e pelo Programa Jessica. Encetada em Dezembro de 2014 e terminada em Junho do ano passado, foi merecedora do galardão pelo “respeito pela integridade física dos sistemas construtivos existentes, preservados e restaurados com recurso a técnicas tradicionais”, bem como às “adequadas metodologias de conservação e restauro do património artístico integrado”, considera o júri.

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O restauro e recuperação da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, é o vencedor do Prémio Vasco Vilalva, no valor de 50 mil euros. Atribuído anualmente pela Fundação Calouste Gulbenkian a projectos de intervenção no património, distinguiu este ano a intervenção que assinalou os 250 anos da construção da emblemática torre portuense, há mais de cem anos classificada como monumento nacional.

Como informou a Gulbenkian em comunicado esta terça-feira, a nona edição do prémio é atribuída a uma obra de grande visibilidade e que custou três milhões de euros, operação co-financiada pelo Programa Operacional Regional ON2 e pelo Programa Jessica. Encetada em Dezembro de 2014 e terminada em Junho do ano passado, foi merecedora do galardão pelo “respeito pela integridade física dos sistemas construtivos existentes, preservados e restaurados com recurso a técnicas tradicionais”, bem como às “adequadas metodologias de conservação e restauro do património artístico integrado”, considera o júri.

Foram recuperados “retábulos, órgãos, sanefas, púlpitos, varandins, escaiolas ou pinturas de fingimento”, elenca o júri composto por Dalila Rodrigues, António Lamas, José Pedro Martins Barata, José Sarmento de Matos e Rui Esgaio. Os interiores e ao património móvel foram “objecto de tratamento e recolocação adequados, devolvendo-se ao conjunto a dignidade e os valores perdidos”.

O presidente da Irmandade dos Clérigos, o padre Américo Aguiar, dedicou o prémio “aos trabalhadores que edificaram a Igreja e Torre dos Clérigos” e também àqueles que trabalharam na sua recuperação. O prémio será entregue já no dia 20 na Igreja dos Clérigos.

A menção honrosa foi por sua vez para o projecto da nova sede da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos, também no Porto, da autoria do atelier NPS (Neto, Pereira, Silva) Arquitectos Associados.

Em 2015, o prémio foi entregue ao Museu Diocesano de Santarém e a recuperação do Cinema Ideal, em Lisboa, teve uma menção honrosa.