Centeno diz estar a fazer tudo para evitar novo resgate

Ministro destaca compromissos orçamentais e estabilização do sistema financeiro.

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Ma´rio Centeno disse que reformas do governo se centram nas qualificações Daniel Rocha

Os compromissos assumidos pelo Governo a nível orçamental e as reformas planeadas ao nível das qualificações foram as acções destacadas por Mário Centeno numa entrevista ao canal televisivo norte-americano CNBC como garantia de que Portugal não irá ter de recorrer a um segundo resgate financeiro.

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Os compromissos assumidos pelo Governo a nível orçamental e as reformas planeadas ao nível das qualificações foram as acções destacadas por Mário Centeno numa entrevista ao canal televisivo norte-americano CNBC como garantia de que Portugal não irá ter de recorrer a um segundo resgate financeiro.

Quando questionado sobre se estava disposto a fazer tudo o que fosse necessário para evitar um segundo resgate, o ministro das Finanças afirmou que essa “é a sua principal tarefa”, salientando o facto de o executivo “ter em curso um compromisso na frente orçamental e uma redução na despesa pública que vai nesse sentido”.

Ao longo da entrevista – a um canal que tem como audiência intervenientes nos mercados financeiros internacionais–, Mário Centeno procurou destacar ainda os esforços de reforma que diz estarem a ser feitos pelo Governo, recusando a “percepção errada” de que existe um recuo ao nível das reformas. O ministro diz que a aposta está a ser feita ao nível da qualificação dos portugueses “para conseguir reter a população mais qualificada e atrair o investimento”.

Além disso, Centeno defendeu que o Governo tem “um muito ambicioso programa que tem como objectivo ajudar as empresas a capitalizarem-se” e que está a fazer “um grande esforço para estabilizar o sistema financeiro, que é crucial para o investimento e para o crescimento da economia”.

O ministro, que deu a entrevista durante a sua estadia em Bratislava no final da semana passada quando participou no Eurogrupo e no Ecofin, salientou que na Caixa Geral de Depósitos “foi nomeada uma equipa de gestão muito profissional” que irá tranquilizar os mercados. “Penso que os mercados vão facilmente ficar com a percepção de que esta é uma operação muito ambiciosa e orientada pelo mercado e por isso estamos confiantes em conseguir colocar os 500 milhões de dívida subordinada que precisamos de obter”, afirmou.