Surpresa! Medicina já não é o curso com a média mais alta
Engenharia Aerospacial e Engenharia Física e Tecnológica, ambos no Instituto Superior Técnico, são agora os mais exigentes.
Há uma surpresa nos resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior: não é Medicina a encimar a lista dos cursos com a média mais elevada. Essa tem sido a regra desde que existe o actual modelo de ingresso no superior, que remonta a 1998, mas este ano os três cursos onde a entrada foi mais exigente são todos de engenharia.
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Há uma surpresa nos resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior: não é Medicina a encimar a lista dos cursos com a média mais elevada. Essa tem sido a regra desde que existe o actual modelo de ingresso no superior, que remonta a 1998, mas este ano os três cursos onde a entrada foi mais exigente são todos de engenharia.
Na lista dos cursos com a nota de ingresso mais alta há, desta feita, uma liderança repartida entre dois cursos do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa: Engenharia Aerospacial e Engenharia Física e Tecnológica. O último aluno colocado em cada um destes dois mestrados integrados tinha uma média de acesso de 18,53 valores.
O curso de Engenharia Aerospacial (onde foram colocados 86 alunos) foi-se tornando cada vez mais concorrido ao longo dos últimos quatro anos e a sua média de acesso cresceu sempre, tendo sido a segunda mais elevada no concurso do ano passado (18,5). Já Engenharia Física e Tecnológica (60 novos estudantes) ocupava o quinto lugar, numa lista ainda dominada pelos cursos de Medicina.
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Além destas duas formações da Universidade de Lisboa, há um terceiro curso de engenharia entre os que tiveram média de entrada mais alta. Trata-se do mestrado integrado em Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, cuja nota de acesso foi de 18,48 valores.
Depois destes, aparecem dois cursos de Medicina, ambos da Universidade do Porto. O último aluno colocado na Faculdade de Medicina daquela instituição entrou com 18,4 valores, ao passo que a média de acesso para o mesmo curso no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar foi de 18,25 valores. Logo a seguir a estes aparece um outro da Faculdade de Engenharia portuense, Bioengenharia, com uma média de acesso de 18,2 valores.
Medicina continua, ainda assim, a ser uma das áreas mais concorridas e com acesso mais difícil. Há mais um curso da especialidade com média acima de 18 valores (Universidade do Minho, onde o último colocado entrou com 18,17). Dos sete cursos existentes — onde entraram mais sete alunos do que as 1441 vagas inicialmente fixadas —, o que tem a média mais baixa é o da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, com 17,77 valores.
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