PS afasta Ernesto Páscoa da corrida a Matosinhos
Distrital do Porto reúne-se terça-feira para avocar o processo eleitoral autárquico.
O economista Ernesto Páscoa não vai ser o candidato do PS à Câmara de Matosinhos, por decisão da distrital do Porto que não ratificará o seu nome, aprovado pela concelhia socialista matosinhense. A não ratificação do candidato é um dos pontos da reunião da Comissão Política Distrital do PS, marcada para terça-feira e que vai também aprovar a avocação do processo eleitoral autárquico.
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O economista Ernesto Páscoa não vai ser o candidato do PS à Câmara de Matosinhos, por decisão da distrital do Porto que não ratificará o seu nome, aprovado pela concelhia socialista matosinhense. A não ratificação do candidato é um dos pontos da reunião da Comissão Política Distrital do PS, marcada para terça-feira e que vai também aprovar a avocação do processo eleitoral autárquico.
O presidente da concelhia, Ernesto Páscoa, não se conforma e convocou para segunda-feira um plenário de militantes onde espera ir buscar um último sopro de solidariedade. “Os militantes vão dizer de sua justiça. Só eles é que me fazem recuar”, declara Ernesto Páscoa, prometendo “lutar por todos os meios legais que tem ao dispor”.
Ao PÚBLICO, o também vereador da Câmara de Matosinhos sublinha que “qualquer decisão a nível da avocação do processo que não seja devidamente fundamentada e justificada representa uma falta de respeito pelos militantes de Matosinhos”.
Reafirmando que era o candidato “mais agregador", Páscoa lamenta que o líder da distrital, Manuel Pizarro, queira afastá-lo da corrida com bases em “sondagens que apontam para um resultado humilhante do PS em Matosinhos”. “Esse argumento não é um argumento e só tenho pena que, em 2013, Manuel Pizarro [que liderou a candidatura do PS à Câmara do Porto] não tenha sido sensível às sondagens que lhe davam um mau resultado – o pior que o partido já teve no Porto”, observa.
Manuel Pizarro defende-se das acusações e diz que “sete dos nove secretários coordenadores do PS de Matosinhos pediram expressamente [através de uma carta aberta] que a federação assumisse o controlo do processo de Matosinhos”. “Isto mostra que mesmo localmente, como eu sempre disse, que a decisão aparelhística tomada pelo PS de Matosinhos divide profundamente os socialistas”, afirmou ao PÚBLICO.
O ex-socialista Guilherme Pinto, que lidera a Câmara de Matosinhos, reuniu-se na semana passada com Enresto Páscoa a quem comunicou que “não pretendia apoiá-lo por não reunir as condições necessárias para representar o espaço político socialista no concelho”.